Como estabelecer o branding em tempos de crise
Diário da Manhã
Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 03:47 | Atualizado há 7 anos
Não é segredo para ninguém, que o país vive um dos seus piores momentos desde a crise de 1929 que, como um rastilho de pólvora, dizimou a economia mundial.
A crise de 2008, não foi uma simples “marolinha”, como costumava ser anunciada pelos interlocutores do Planalto.
O fato é claro: a marolinha virou um tsunami com o decorrer dos tempos, e hoje, estamos no mais profundo abismo recessivo.
Para um país com as proporções macroeconômicas como as do Brasil, assumir um PIB de -0,8% em 2017 e já projetar -0,9% para 2018, não é só desastroso! É alerta vermelho piscando, incansavelmente, nos monitores de todos os analistas dos mercados financeiros da economia global.
Adiciona-se a este cenário, o IPCA em aceleração e engrenado na 5º marcha, o Real enfraquecido e o Score do país, sendo derretido pelos constantes rebaixamentos assumidos pelas Agências de Classificação de Risco mundiais. Como se já não fosse o suficiente para uma pandemia, a indústria mantém a retração dos investimentos internos correlacionado aos altos custos dos insumos nacionais, o mercado externo declinando ‘a novos investimentos locais e as grandes empresas nacionais, depurando seus floatings. Já podemos pedir música no fantástico! Os últimos três anos, ficarão na história como um dos piores triênios dos resultados das contas públicas.
Muitos coachers têm se inspirando em frases do tipo “O Brasil está em crise? Aqui na minha empresa não!” ou “A minha empresa resolveu não participar da crise!”. Claro que o momento requer prudência e uma boa injeção de otimismo é um combustível importante. Podemos observar, portanto, que as frases de efeito existem, mas o plano de ação, não!
O plano de ação, é preponderante para obter resultados em quaisquer cenários, quer sejam positivos, alternativos ou adversos.
Gostaria de lançar duas perguntas aos leitores deste artigo: O Business Action da sua empresa está aderente ao cenário atual? A sua marca está bem posicionada?
É muito importante entender, que em todas as empresas, em cenários como o que estamos vivenciando, há uma preocupação constante com a assepsia do ócio. O foco dos empresários está em como gerar eficiência sem que esta, requeiram investimentos.
Numa primeira análise, podemos entender que estão corretos. Contudo, antes disto, é preciso entender a real evidência da palavra eficiência. Eu, particularmente, defino eficiência como a capacidade de alguém ou grupo, gerar resultados positivos, através de recursos diversos.
E é justamente no pilar de eficiência, que os convido à reflexão sobre como está o posicionamento da marca da sua empresa no mercado.
Você pode até se perguntar: Clayton, você acabou de nos dizer, que os empresários estão buscando gerar assepsia em tudo que é excedente em suas organizações; e você afirma que estes mesmos empresários, estão buscando eficiência. Mais à frente, você define eficiência como uma matriz de resultados. Portanto, como criar uma sinergia entre a assepsia que os empresários têm desenhado para os seus negócios e o posicionamento da minha marca como agente de construção?
Meu leitor, o seu produto pode ser conhecido por várias maneiras e formatos. Destaco duas: como aquele que traz o melhor preço ou como aquele que gera resultados. Você quem define o posicionamento da sua marca!
Posso aqui, descrever vários exemplos de organizações pelo mundo, que buscam apresentar o melhor preço, como também, posso descrever vários exemplos de organizações que buscam gerar os melhores resultados para os seus clientes.
Contudo, gostaria de uma reflexão do leitor, sobre o foco na geração de resultados. Este, faz toda a diferença entre uma marca e outra.
Tendo em seu portfólio, uma solução que atenda a um cliente e que cure a sua mais dolorosa ferida, não tema em a precificar. Por mais que o cenário esteja desfavorável, o doente (cliente) sempre buscará pelo remédio (resultado)! Ao final do ciclo consultivo, você conseguirá tangibilizar a sua plataforma de eficiência e terá clientes absolutamente envolvidos com a sua marca.
Comprometa-se em mergulhar nas necessidades, em inovar em soluções. Tenha como meta constante, ser o cientista que fabricará a vacina para liquidar o vírus mais corrosivo que incomoda o seu cliente.
Clientes envolvidos com as suas plataformas, reoxigenarão a sua marca no mercado, mantendo-a viva.
Portanto, posicione-se como uma empresa eficiente.
Como você quer ser reconhecido no mercado? Então, foque no alvo!
(Clayton Machado, administrador de empresas, mestre em Gestão Empresarial e Comércio Exterior, articulista especial do Jornal Diário da Manhã)