Opinião

Consolidar conquistas – e avançar

Diário da Manhã

Publicado em 13 de janeiro de 2018 às 21:19 | Atualizado há 7 anos

Co­me­ça­mos 2018 com uma ex­ce­len­te no­tí­cia: ti­ve­mos a me­nor in­fla­ção em du­as dé­ca­das. O ín­di­ce anual fi­cou, se­gun­do o IB­GE, em 2,95%, abai­xo do pi­so do Ban­co Cen­tral, que era de 3%.  A in­fla­ção bai­xa é re­sul­ta­do da que­da dos pre­ços dos ali­men­tos,  que so­fre­ram até de­fla­ção, gra­ças à nos­sa su­per­sa­fra. É fru­to tam­bém de de­ci­sões cor­re­tas e equi­li­bra­das de nos­sa equi­pe de go­ver­no.

Es­ta­mos con­so­li­dan­do o cír­cu­lo vir­tu­o­so: com os pre­ços mais bai­xos, os sa­lá­ri­os têm me­lhor po­der de com­pra e as fa­mí­lias po­dem con­su­mir mais.  Is­so re­a­que­ce a eco­no­mia, ge­ran­do mais pro­du­ção, mais in­ves­ti­men­tos e mais em­pre­gos, que já vol­tam aos mi­lha­res. Ba­te­mos tam­bém o re­cor­de de ju­ros bai­xos – 7% ao ano, a me­nor ta­xa SE­LIC em 31 anos. Em 2018, a in­fla­ção vai con­ti­nu­ar bai­xa e o PIB de­ve cres­cer mais de 3%, se­gun­do pro­je­ções dos eco­no­mis­tas.

A in­fla­ção foi ain­da me­nor, de 2,07%, pa­ra os que ga­nham me­nos.  Um fei­to que me­re­ce ser co­me­mo­ra­do por um po­vo que co­nhe­ceu a ci­ran­da da in­de­xa­ção e sa­be co­mo a ca­res­tia ar­ru­i­na a ren­da das fa­mí­lias, so­bre­tu­do a das mais po­bres, que não têm pou­pan­ça pa­ra se pro­te­ger. Por is­so se diz que a in­fla­ção é o pi­or im­pos­to. Quan­do as­su­mi­mos, há pou­co mais um ano e meio, a in­fla­ção es­ta­va em mais de 10%.

Con­se­gui­mos re­cu­pe­rar nos­sa eco­no­mia da re­ces­são mais pro­fun­da de sua his­tó­ria. Con­to com o Con­gres­so pa­ra apro­var em bre­ve a re­for­ma da Pre­vi­dên­cia e as­sim ga­ran­tir a sa­ú­de das con­tas pú­bli­cas e a es­ta­bi­li­da­de da eco­no­mia co­mo um to­do. Al­me­ja­mos ain­da re­a­li­zar a sim­pli­fi­ca­ção tri­bu­tá­ria.

Em 2017, apro­va­mos o te­to dos gas­tos pú­bli­cos  e mo­der­ni­za­mos a le­gis­la­ção nas áre­as do tra­ba­lho, agro­ne­gó­cio, meio am­bi­en­te, além de mo­di­fi­car re­gras pa­ra in­cen­ti­var in­ves­ti­men­tos em ener­gia, pe­tró­leo e in­fra­es­tru­tu­ra. Se­le­ci­o­na­mos 7 mil obras, em to­das as re­gi­ões, pa­ra se­rem con­cluí­das – e já es­ta­mos fa­zen­do as en­tre­gas de­vi­das à po­pu­la­ção. Tam­bém aju­da­mos Es­ta­dos e mu­ni­cí­pios a equa­cio­na­rem su­as dí­vi­das.

Bus­ca­mos aus­te­ri­da­de e efi­ci­ên­cia sem  cor­tar na área so­ci­al. Ze­ra­mos a fi­la e re­for­ça­mos o con­jun­to de be­ne­fí­ci­os do Bol­sa Fa­mí­lia. É do nos­so go­ver­no o mai­or pro­gra­ma de ti­tu­la­ção de ter­ras ur­ba­nas e ru­ra­is. Re­a­ti­va­mos o Mi­nha Ca­sa, Mi­nha Vi­da, com 674 mil uni­da­des con­tra­ta­das. Em 2017, o or­ça­men­to da Edu­ca­ção e da Sa­ú­de au­men­tou – ao con­trá­rio do que pre­vi­ram os ca­tas­tro­fis­tas.

De­vol­ve­mos aos seus le­gí­ti­mos do­nos, os tra­ba­lha­do­res, R$ 44 bi­lhões re­ti­dos em con­tas ina­ti­vas do FGTS, além de an­te­ci­par­mos mais R$ 21 bi­lhões do PIS-Pa­sep, que ago­ra po­de ser sa­ca­do por quem tem mais de  60 anos – an­tes a ida­de mí­ni­ma era 70 anos.

Ain­da há mui­to a fa­zer, mas o que enu­me­ra­mos aqui com­pro­va que não fi­ze­mos pou­co. Iní­cio de ano, so­bre­tu­do de ano elei­to­ral, é ho­ra de pla­ne­jar o fu­tu­ro. Pre­ci­sa­mos pre­ser­var tu­do is­so que o Bra­sil con­quis­tou em 2017, com di­fi­cul­da­de e es­for­ço. Não po­de­mos re­tro­ce­der aos tem­pos da re­ces­são, da in­cer­te­za e da de­sor­dem. Con­ti­nu­a­re­mos a tra­ba­lhar pa­ra aju­dar a con­so­li­dar, sem ilu­sões e po­pu­lis­mos, um pa­ís mais efi­ci­en­te e jus­to, que con­ju­gue pros­pe­ri­da­de so­ci­al com res­pon­sa­bi­li­da­de fis­cal.

 

(Mi­chel Te­mer é pre­si­den­te da Re­pú­pli­ca)

 

 


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