Opinião

Dados desanimadores do Ideb

Diário da Manhã

Publicado em 4 de setembro de 2018 às 23:27 | Atualizado há 7 anos

Tris­te. Trá­gi­co. La­men­tá­vel. É o que apon­tam os da­dos, na­da ani­ma­do­res, do Ideb. O Ín­di­ce de De­sen­vol­vi­men­to da Edu­ca­ção Bá­si­ca. O le­van­ta­men­to es­ta­tís­ti­co e con­cei­tu­al apon­ta que, nos anos fi­nais do En­si­no Fun­da­men­tal, do 6º ao 9º ano,  a me­ta es­ta­be­le­ci­da pe­lo Mi­nis­té­rio da Edu­ca­ção não atin­giu o seu ob­je­ti­vo. Pe­la pri­mei­ra vez, em 2013, e de­pois não ob­te­ve mais o per­cen­tu­al es­pe­ra­do. Em 2017, com Ideb 4,7, o Pa­ís não al­can­çou os 5 pon­tos es­pe­ra­dos. Pa­ra al­can­çar a mé­dia 6 até 2021. Não cus­ta lem­brar:  o pa­ta­mar edu­ca­cio­nal cor­res­pon­den­te ao de paí­ses da OC­DE. Re­gis­tro:  Or­ga­ni­za­ção pa­ra a Co­o­pe­ra­ção e De­sen­vol­vi­men­to Eco­nô­mi­co.

Os in­di­ca­do­res re­ve­lam que, no En­si­no Mé­dio, eta­pa clas­si­fi­ca­da co­mo a mais crí­ti­ca, o ín­di­ce avan­çou 0,1 pon­to, após fi­car es­tag­na­do por três di­vul­ga­ções se­gui­das, che­gan­do a 3,8. A me­ta pa­ra 2017 era 4,7. Ape­sar do cres­ci­men­to ob­ser­va­do, o pa­ís es­tá dis­tan­te da me­ta pro­je­ta­da. É o que ana­li­sa, de for­ma crí­ti­ca, cáus­ti­ca, o pró­prio Ins­ti­tu­to Na­ci­o­nal de Es­tu­dos e Pes­qui­sas Edu­ca­cio­nais Aní­sio Tei­xei­ra (Inep), or­ga­ni­za­ção res­pon­sá­vel pe­lo Ideb. Tra­ta-se do prin­ci­pal in­di­ca­dor de qua­li­da­de da edu­ca­ção bra­si­lei­ra. De Nor­te a Sul. De Les­te a Oes­te. O Ideb ava­lia o en­si­no fun­da­men­tal e mé­dio no pa­ís. Com ba­se em da­dos so­bre apro­va­ção nas es­co­las e de­sem­pe­nho dos es­tu­dan­tes. No Sis­te­ma Na­ci­o­nal de Ava­li­a­ção da Edu­ca­ção Bá­si­ca (Sa­eb).

His­tó­ria: o in­di­ca­dor foi cri­a­do no exer­cí­cio de 2007. Me­tas fo­ram es­ta­be­le­ci­das. Nos se­guin­tes pla­nos: na­ci­o­nal, es­ta­du­al, mu­ni­ci­pal e por es­co­la. Pa­ra se­rem atin­gi­das. A ca­da dois anos. É  quan­do o Ideb é cal­cu­la­do. O ín­di­ce vai de 0 a 10. O en­si­no mé­dio é a eta­pa mais la­men­tá­vel. A me­ta é des­cum­pri­da em to­dos os Es­ta­dos. Da Fe­de­ra­ção. Além de não te­rem al­can­ça­do o ín­di­ce es­pe­ra­do, cin­co es­ta­dos ti­ve­ram re­du­ção no va­lor do Ideb. A sa­ber: en­tre os anos de  2015 e 2017: Ama­zo­nas, Ro­rai­ma, Ama­pá, Ba­hia e Rio de Ja­nei­ro. O Es­ta­do com me­lhor Ideb, o Es­pí­ri­to San­to, ob­te­ve 4,4 pon­tos, não atin­gin­do o per­cen­tu­al  de 5,1 exi­gi­do  pa­ra o Es­ta­do.

– Ca­mi­nho é tam­bém in­ves­tir no pro­fes­sor. Edu­ca­ção ri­ma com ti­tu­la­ri­da­de.

 

(Jac­que­li­ne Cu­nha, gra­du­a­da em Pe­da­go­gia, na PUC de Go­i­ás; mes­tre em Ci­ên­cias da Edu­ca­ção, em Por­tu­gal; dou­to­ra, em Edu­ca­ção, no Ve­lho Mun­do; con­sul­to­ra da ONU, a Or­ga­ni­za­ção das Na­ções Uni­das, pa­ra o Ti­mor Les­te, na área de Edu­ca­ção Pú­bli­ca e For­ma­ção de Pro­fes­sor. Es­cri­to­ra, co­la­bo­radora do jor­nal Di­á­rio da Ma­nhã, de Go­i­â­nia, Go­i­ás)


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