Direitos, deveres e cidadania
Diário da Manhã
Publicado em 3 de junho de 2017 às 02:26 | Atualizado há 8 anos
Há muito venho pensando em escrever sobre esse assunto. Os últimos acontecimentos anteciparam meu intento, levando-me a manifestar meu pensamento de cidadão sobre tudo isto que vem acontecendo nos últimos dias.
Direitos, são o que mais se ouve no Brasil, nos últimos tempos. Parece que o cidadão acordou para essa situação, e, então, tudo que se propõe hoje, vem antes a palavra direito. Direito de manifestar; direito de fazer greve; direito disso, direito daquilo. Muito bem! Penso que realmente, temos o direito de fazer qualquer coisa, afinal somos livres, e a lei nos permite isto. Mas pergunto: somos conscientes dos nossos direitos? o que fazemos tem amparo no nosso ideal? somos coerentes naquilo que exercitamos? E nossos deveres? cumprimos com todos eles? Sim, porque um anda ao lado do outro. Por definição : cidadania é: O exercício do direito e o cumprimento dos deveres. É uma via de mão dupla.
O princípio universal do direito diz que: o direito de um termina onde começa o do outro. Vejam bem a extensão desse princípio. O meu direito de fazer alguma coisa, termina quando o direito do outro em não fazer, começa. Todos sabemos que essas manifestações são tramadas na calada da noite por centrais sindicais e partidos de esquerda, que por serem organizações não governamentais (ONG’s) recebem polpudas somas, a título de subsídios pagas por nós, a população (que é quem sempre pagou impostos). Alguém já viu nessas manifestações, alguma faixa pedindo: fora o imposto sindical!, ou “correção já, da tabela do Imposto de Renda”? Outra coisa: Qualquer manifestação que tenha caráter de idealismo, de reivindicação por programas sociais (educação, saúde, segurança) deve ser espontânea, sem política partidária e sem anarquismo. A presença desse pessoal vestido com camisetas, com siglas de entidades não governamentais e agitando bandeiras, deixa dúvidas, quanto a intenção dessas manifestações. São idealistas ou anarquistas?
Quantas pessoas inocentes, participando dessas manifestações, até com boa vontade pois têm interesse em ver os problemas do Brasil resolvidos, são feridas e até mortas, sem terem nenhuma culpa? A responsabilidade é de quem? De quem mandou o militante para a frente da batalha, ou do policial que defendia o direito de quem não queria participar? Essa inversão de valores é que não está mais cabendo na cabeça do brasileiro. Esse negócio de dizer que não sabia o acontecia no Brasil é a piada mais sem graça que se ouve. Qual o pai de família que não sabe o que acontece na sua casa? Se não souber, é crime de responsabilidade. O presidente da república, delega responsabilidades ao seu ministério, mas o responsável por suas ações é o presidente. Se for bandido, bota pra fora. Mas deixar o ministro oito anos no governo e depois dizer que não sabia que era ladrão, é no mínimo engraçado.
(José Carlos Riccioppo /identidade nº 51428/sspgo/ Rua 9 nº 537 – Setor Oeste)