Brasil

Escrever é um dos melhores remédios, sempre!

Redação DM

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 23:11 | Atualizado há 9 anos

O ato de escrever é de suma importância para a memória e consequentemente para o aprendizado. No curso de Direito também é imprescindível esse hábito, pois ser advogado, promotor, procurador, enfim requer muita atenção em relação às palavras e sua aplicabilidade. Menciono o referido curso porque é a minha “mola mestra” no dia a dia, mas não excluo as demais profissões, jamais!
Inegavelmente em sala de aula é perceptível que nem todos os alunos tem vontade de escrever o conteúdo ministrado, mas é aconselhável o hábito da escrita pelo fato de a mesma auxiliar na memorização e compreensão da teoria explicada pelo docente. Procura-se pois assim trabalhar a capacidade de argumentação dos discentes frente a utilização de tantos artigos previstos em nossa legislação.
Fato é que a pessoa que lê mais, inevitavelmente escreve com mais frequência e de forma mais correta. A escrita contribui para a verdadeira aprendizagem e exclui de forma eficiente o famoso “decoreba”.
Decorar a lição não gera a percepção esperada quando o assunto é sala de aula. Incentivar os alunos a lerem, trabalharem em grupos e solicitar trabalhos manuscritos é um processo que facilita a socialização, evita o plágio e reforça a ideia de que em sociedade é necessário saber trabalhar em conjunto e respeitar as opiniões de cada um, sem distinções.
A escrita é um dos melhores remédios também para as pessoas que estejam passando por processo de tensão, aflição, agonia. Isso porque quando se escreve há a exteriorização de pensamentos muitas vezes conturbadores e quando alguém os expressa através do hábito de escrever, até a palavras são transcritas de forma mais seletiva, sem ofensas. Escrever colabora para o “alívio” de uma tristeza, de uma preocupação.
Creio que incentivar a escrita associada à leitura é uma das maiores contribuições que tanto pais como professores podem conceder aos seus filhos, aos seus alunos.
A educação é a única coisa que pode nos ser dada, sem que alguém posteriormente nos “tome”. Pensemos como algo positivo, que possibilita além das situações acima já descritas ,movimentarmos vários músculos, questão essa favorabilíssima ao corpo humano.
Não consigo enxergar nenhum indicativo de negatividade para quem escreve, lê, elabora questões, formula redações. Não age com sabedoria aquele que pensa ser tolice escrever, haja vista tanta tecnologia. Existem coisas que nem as máquinas tem o condão de aprenderem em prol das pessoas. Pensemos nisso com carinho e sabedoria!

(Kelly Lisita Peres, advogada e professora universitária, pós-graduada em Docência Universitária, Direito Civil, Penal e Processo Penal)


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