Estímulo às escolas criativas

A criatividade tem espaço em todas as atividades da vida (voltadas para o bem, claro!). Mas no preparo das crianças, adolescentes e jovens, as pedagogias criativas têm um papel fundamental. O que significa que todos os estímulos nesse sentido são oportunos e bem vindos.

Destaco, neste espaço democrático do Diário da Manhã, o importante papel que vem desempenhando, em vários países do mundo, a Rede Internacional de Escolas Criativas – RIEC, com sede em Barcelona, Espanha, e que se faz presente no Brasil. E, para orgulho dos goianienses, a primeira unidade escolar do País reconhecida como escola criativa, pela RIEC, é de Goiânia: o Colégio González Pecotche, localizado no Setor Alto da Glória e tendo como mantenedora a Fundação Logosófica Em Prol da Superação Humana.

Na diligente pesquisa que motivou essa distinção, informou o representante da Rede Internacional de Escolas Criativas, professor doutor João Henrique Suanno, que foram colhidas milhares de respostas, nas entrevistas com pais, alunos, professores e diretores da citada unidade de ensino. Os fatos que ele testemunhou nas salas de aula e fora delas, complementados pela correspondência dos alunos à aplicação da Pedagogia Logosófica e a explícita satisfação dos pais, o convenceram de que ali se desenvolvem “práticas de ensino, pesquisa e formação criativas, transdisciplinares e ecoformadoras”, identificadas com aquelas que a RIEC propõe, estimula e difunde. Meus aplausos para essa escola que tanto dignifica Goiânia; e para a RIEC que estimula as boas iniciativas.

O Colégio Logosófico de Goiânia possui pedagogia própria, criada pelo humanista e educador Carlos Bernardo González Pecotche. Suas ações se sustentam em dois pilares: um deles é o conteúdo curricular instituído, cujas matérias são ensinadas de forma estimulante e criativa. O outro pilar é o ensino e cultivo de elementos formadores do aluno para a vida, em ampla integração com os pais; num ambiente de cordialidade, afeto e respeito.

Resultado: o educando aprende a conhecer os agentes causais do próprio comportamento; a conhecer e utilizar melhor sua inteligência e sensibilidade, cultivando sentimentos que enobrecem a alma, como a gratidão, a amizade, a generosidade, o amor e outros tantos. Aprende a conviver melhor consigo mesmo e com o semelhante, respeitando as diferenças; desenvolve a capacidade de análise e reflexão sobre a realidade que o cerca; aprende a valorizar a família como instituição de origem divina e a se aproximar de Deus pelo conhecimento.

O aluno é também estimulado a desenvolver a capacidade de iniciativa e empreendedorismo; a amar e proteger a natureza; a ter uma convivência saudável com os coleguinhas, onde a colaboração é uma virtude muito cultivada.

Por isso, um aluno não se preocupa em superar o seu colega de classe. Ensina a Pedagogia Logosófica que a referência para suas superações deve ser ele mesmo; e assim o educando é estimulado a se esforçar para ser, hoje e amanhã, melhor do que foi ontem. E isso acontece não só em sala de aula, mas também no pátio e nas disputas esportivas, onde ele aprende que o importante é participar, independente de quem vença.

Não raro os educadores também participam das disputas; e quando perdem (às vezes de propósito), abrem um sorriso e cumprimentam quem vence. Afinal, nessa Pedagogia certificada pela Rede Internacional de Escolas Criativas, ser exemplo do que ensina é lei.

(João Nascimento, jornalista e está presidente do Clube dos Repórteres Políticos de Goiás)