Fieg fortalece o projeto do Polo de Defesa de Anápolis
Diário da Manhã
Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 22:31 | Atualizado há 7 anos
A integração da Federação das Indústrias do Estado de Goiás fortalece o projeto do Polo de Defesa de Anápolis e do Centro de Aquisições do Ministério da Defesa, um negócio de R$ 7 bi por ano, milhares de empregos e substancial aumento da arrecadação do Estado e do Município. Na sexta-feira (26 de janeiro), foi lançado o Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (Comdefesa-GO), criado pela Fieg e pela Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), com o objetivo é identificar oportunidades de negócios para as empresas goianas atenderem as demandas de suprimento de diversos tipos de produtos e serviços às Forças Armadas e forças de segurança.
Com bala na agulha para consolidar o projeto, Anastácios Apóstolos Dagios, presidente da Acia, assumiu a presidência do Condefesa-GO e Wilson de Oliveira, vice-presidente da Fieg e Presidente da Fieg, foi empossado na vice presidência do comitê.
A ideia é criar políticas de incentivo, repassar informações sobre possibilidades futuras de compras governamentais, participar da elaboração de legislação específica aplicada ao setor, preparar as empresas para serem fornecedoras e auxiliar em questões de fornecimento às Forças Armadas. A criação do Comdefesa-GO permitirá desenvolver mecanismos para explorar as oportunidades desse mercado e avaliar a infraestrutura local e regional já instalada, identificando e corrigindo eventuais deficiências.
Uma das estratégias é a criação de um Polo da Indústria de Defesa, local para receber empresas goianas e novas empresas a serem instaladas no espaço. Outra frente de trabalho do grupo será a busca de aprovação junto ao governo de uma política de fomento ao setor, visando à instalação em Goiás do Centro de Aquisições do Ministério da Defesa. As compras, em volume anual de R$ 7 bilhões, se feitas em Goiás renderiam ao Estado um incremento relevante de ICMS.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), as companhias que atuam no mercado de produtos de defesa e segurança geram atualmente aproximadamente 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, movimentando anualmente mais de US$ 3,7 bilhões, sendo US$ 1,7 bilhão em exportação e US$ 2 bilhões em importação.
Além de armamento e munição, o segmento de defesa é um mercado muito mais amplo, envolvendo, por exemplo: proteção balística e blindagem, aeronaves, viaturas, veículos não tripulados, sistemas de comando e controle, elétricos e eletrônicos, TI e telecomunicações, equipamentos óticos, vigilância, logística, publicidade, consultoria, treinamento, pesquisa e desenvolvimento, vestuário, calçados, etc. Do alfinete ao foguete. Das peças dos aviões à barra de chocolate dos pilotos.
Estudos da Escola Superior de Guerra e do Ministério da Defesa indicam Anápolis como o mais promissor município brasileiro para sediar o polo. Sua localização central no território brasileiro facilitaria o emprego de medidas para neutralizar com eficiência eventuais ações hostis contra a capacidade industrial brasileira. Além disso, a logística privilegiada pelos diversos modais (aéreo e rodoferroviário) proporciona os meios indispensáveis para suprir com agilidade e rapidez petrechos e suprimentos – equipamentos e insumos – para as tropas localizadas em todas as regiões do território nacional e de outros países da América do Sul.
O desenvolvimento binacional dos componentes das aeronaves militares de combate (Gripen) fabricados pela sueca SAAB (que vão compor a Força Aérea Brasileira em Anápolis) e do Sistema de Mísseis Astros (sediados na Base de Artilharia do Exército, em Formosa) torna Goiás um ponto natural de convergência da Base Industrial de Defesa e Anápolis é a cidade do Estado que reúne as condições mais vantajosas e seguras.
(Manoel Vanderic, jornalista – com Assessoria Fieg e Acia)