Governo dá um tiro no pé

Mesmo com a gravidade das denuncias contidas na Operação Carne Fraca, o governo literalmente deixou ao relento o consumidor final. O Planalto, no lugar de suspender imediatamente, a partir do dia 17 de março (dia da operação) a venda e recolher no mercado os produtos fabricados pelos 21 frigoríficos denunciados por suposta produção de produtos adulterados, preferiu criticar e desmerecer o trabalho da Polícia federal. Tudo para poupar os partidos PP e PMDB, denunciados nesta Operação, de terem recebido propina, para que fiscais (indicados pelos partidos) também vis do Ministério da Agricultura, liberassem carne bovina, de frango, etc. com irregularidades para serem comercializados! Ou seja, sem se preocupar com a saúde pública. Foi um tiro no pé da tropa de choque do governo o uso desta vergonhosa estratégia! Mesmo porque, como divulga o Estadão, no varejo, comerciantes já estão retirando das prateleiras os produtos destes 21 frigoríficos, como o Carrefour, e Wal-Mart, já que, a dona de casa não quer arriscar a saúde da família consumindo essas carnes.  E em ritmo de “marcha lenta”, só depois de uma semana destas graves denuncias, é que o Planalto, exige que os frigoríficos interditados como o Souza Ramos, Transmeat, e Peccin, retirem num prazo de até cinco dias todos os produtos que estão sendo comercializados no varejo.  Ou seja, somente depois que a vaca foi pro brejo, a população ficou órfã da inércia do governo, e 18 países que suspenderam a importação dos produtos produzidos por estas empresas, e de outras até nem denunciadas é que o Planalto, age…  Lamentável!

(Paulo Panossian, via e-mail)

Zona perigosa

Estou fazendo de tudo para que o vovô não fique sabendo que no Supremo Tribunal Federal tem ministro favorável à anistia ao Caixa 2. O ancião que já está com 92 anos apostava que os  partidos e políticos que   usaram desse artifício fossem punidos.  Do jeito que o velho é, se ficar sabendo que milhões de reais eram entregues em cabarés para abastecer esse famigerado caixa,  abotoará o paletó.   Farei o possível  e o impossível para que o patriarca permaneça longe dessa zona  perigosa.

(Jeovah Batista, via e-mail)

Reforma eleitoral – de volta ao passado

Face os depoimentos da Odebrecht sobre as contribuições (extorsões) para as campanhas eleitorais conclui-se que o que precisa ser reformado não é o sistema eleitoral (lista fechada, jamais) e sim a propaganda eleitoral. Pagar 30 / 40 milhões para um “marqueteiro” embalar e vender um produto sabidamente ruim e corrompido não faz sentido.  A melhor solução seria voltar ao sistema adotado pela Lei Falcão. Apresenta-se a foto, o número e o partido do candidato, junto com a sua folha corrida civil e criminal.  Caso o candidato não tenha nenhum processo ou indiciamento,  aí sim teria direito a falar por cerca de 1 minuto. Baratinho, rapidinho e mais eficiente que as caríssima produções que não passam de ficção.

(Claudio Juchem, via e-mail)

Operação Carne Fraca

A Operação Carne Fraca investiga um esquema de corrupção envolvendo empresas e  30 fiscais federais. Existem mais de 5.000 empresas frigoríficas no Brasil, três  delas agora  com obrigação de praticar recall de seus produtos comercializados, e cerca de vinte sob investigação . Com o tema Saúde não se pode brincar, portanto, nada mais justa essa investigação. Injusto e irresponsável foi o modo como se processou a divulgação a toques de fanfarras, anunciando que o Brasil consumia e exportava carne podre para o mundo. Resultado catastrófico, talvez irreparável! E eu pergunto: quantos casos de intoxicação por consumo de carne podre tivemos no Brasil e no mundo? Zero !  Vítimas fatais? Zero. O pior é saber que existe gente aplaudindo esta derrocada brasileira de amplitude mundial, talvez os mesmos que não se conformam com o fato de estarem à margem do poder, os que talvez pudessem explicar a estrepolia DESSA EQUIPE da Policia Federal na divulgação da Operação Carne Fraca. Tiro o chapéu pela comPeTência, Hoje entendo a praga rogada de que ” vamos tocar fogo neste país”.

(Mara Montezuma Assaf, via e-mail)