Gravidez molar
Redação DM
Publicado em 17 de abril de 2015 às 01:17 | Atualizado há 10 anosA gravidez molar, também re conhecida como doença trofoplástica gestacional, é a formação de tumores no útero, parecidos com cachos de uva. Existe a mola completa que não forma tecido fetal normal e a mola parcial que desenvolve tecidos fetais incompletos junto com o tecido do útero, e a invasiva, que chega a ser um caso mais complicado da doença, porque ela pode se espalhar pelos órgãos internos do corpo como coração, pulmão e até o cérebro tornando-se um tumor maligno.
Sintomas da gravidez molar podem ser parecidos com os de uma gravidez normal, porém mais fortes. O aumento do abdômen de forma rápida, enjôos acompanhados de vômito, sangramentos, cólicas pélvicas ou corrimento vaginal, dores abdominais, e nível do hormônio Beta HCG muito alto, o tratamento pode durar de 6 meses a 1 ano dependendo do tipo molar que a paciente tiver. Qualquer mulher que engravide pode desenvolver uma gravidez molar, é importante que a mulher faça o pré-natal e exames de rotina. Quanto mais cedo for diagnosticada, mais chances tem a paciente de ficar boa em um período de tempo curto.
Somente o médico pode diagnosticar qual o tipo de tratamento, quase sempre é recomendado a cirurgia para retirada do tumor. Já os tipos mais agressivos da doença podem requerer quimioterapia ou radioterapia. A dilatação e a curetagem são usados para remover as molas hidatiformes que não são cancerosas, neste caso a abertura do colo do útero é dilatada e o revestimento deste é raspado, eliminando toda a mola hidatiforme. A retirada do útero também é viável, caso haja o consentimento. A quimioterapia com um único medicamento é usado para tratar o tumor de uma gravidez molar, que tem características sugestivas de um bom prognóstico. A quimioterapia com múltiplos medicamentos é necessários para tratar de tumores invasivos com pior diagnóstico, já a radioterapia é usada em casos mais raros da doença para destruir células cancerosas.
Nem todos os hospitais estão preparados para receber uma paciente com gravidez molar e fazer o tratamento adequado, por isso dificulta muito o tratamento da paciente, podendo-se agravar a doença.
(Núbia Barroso Dias, graduando em Ciências Biológicas pela Faculdade Araguaia)