HGG, seriedade e respeito à população
Diário da Manhã
Publicado em 20 de março de 2018 às 22:42 | Atualizado há 7 anos
Após uma leitura cuidadosa da reportagem veiculada pelo Jornal O Popular do dia 16 de março desse ano, a qual publicou o relatório entregue pela secretária municipal de saúde de Goiânia aos vereadores dessa capital, fomos tomados por imediata surpresa e certo grau de indignação.
Sentimentos esses que nasceram quando lembramos que o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG conta com 30 leitos, e não 40, conforme veiculado na reportagem. E por diversas vezes, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia – SMS/Goiânia foi oficiada para que tal adequação fosse feita na base de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Os referidos 30 (trinta) leitos de terapia intensiva dividem-se em 03 (três) alas, as quais permitiram a assistência de 1549 pacientes durante 396 dias corridos, correspondendo ao mesmo número de dias utilizado pela SMS/Goiânia para produzir o relatório em discussão, porém ajustado à realidade mais recente (não entendemos o sentido de se buscar a avaliação de períodos tão antigos, como o segundo semestre de 2016). Os indicadores apurados nesse intervalo são altamente positivos, pois o CTI/HGG atua como referência para casos complexos, crônicos e muitas vezes frutos de insucessos terapêuticos de outras unidades. Tivemos tempo médio de permanência na casa dos 7 dias e uma taxa de ocupação de 89,6%.
O HGG é um hospital terciário de alta complexidade que recebe pacientes de todo o Estado de Goiás e tem alcançado indicadores de excelência comparados aos melhores hospitais do país, sejam eles públicos ou privados. O CTI/HGG é um serviço de assistência à saúde que se mantém ativo 24 horas por dia, 365 dias do ano, e lá são internados pacientes com elevado risco de morte que recebem tratamento intensivo e suporte de vida avançado por meio de equipamentos, contando com uma equipe técnica altamente qualificada.
Todo esse resultado é fruto do trabalho harmônico realizado por uma equipe multidisciplinar, alicerçado pela dedicação, competência, responsabilidade e uma humanização verdadeira. Rompemos a barreira simplista de que a oferta de serviços ao Sistema Único de Saúde – SUS já é o suficiente e digna de aplauso.
(Marcelo Fouad Rabahi, responsável técnico pelo CTI/HGG, professor titular da Faculdade de Medicina da UFG)