Hoje o céu está mais sereno
Redação DM
Publicado em 30 de agosto de 2022 às 12:45 | Atualizado há 9 meses
Hélmiton Prateado
A dor da última despedida só não é maior que a saudade que fica. Nessa terça-feira, 30 de agosto, temos a difícil tarefa de nos despedirmos de um irmão muito amado e que retorna para a Verdadeira Luz.
Adolfo Ribeiro Valadares foi chamado pelo Criador para o Oriente Eterno e nos deixa um vazio que jamais se completará. A dor que corrói nossa alma nessa despedida é de indizível sofrimento, mas que precisamos ser fortes para não sermos egoístas.
O homem Adolfo Ribeiro Valadares legou uma história de fé, luta e amor à vida que dificilmente encontraremos exemplo semelhante. Ele foi o intelectual que ensinava com exemplos simples o amor à vida e que com poucas palavras conduzia seu interlocutor a reflexões profundas sobre o sentido de valores de alta envergadura. Era o mestre que não se cansava de desbastar a pedra bruta em sua individualidade e que buscava aprender a cada dia um ensinamento novo.
Os valores que ele transmitia foram em todos os sentidos de uma dimensão superlativa e que emanava uma luz tão brilhante que impressionava até quem o conhecia pela primeira vez. Sua história se funde com a da maçonaria goiana e o círculo de admiradores transcendeu os limites das fronteiras do Brasil, chegando a rincões onde a maçonaria goiana nunca chegou.
Adolfo Ribeiro Valadares foi Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás (GLEG) por dois mandatos seguidos e sob sua gestão essa potência maçônica foi reconhecida por outras potências mundo afora, com especial destaque para a Grande Loja da França e a mãe de toda a maçonaria, a Grande Loja Unida da Inglaterra.
Mas, seus feitos transcendem à inserção da maçonaria goiana no contexto universal. Ele era de uma simplicidade erudita e de uma intelectualidade singela, capaz de desarmar argumentos antagônicos e convergir os sentimentos com a paz que somente espíritos serenos conseguem destilar.
O exemplo de homem de fé, que soube sofrer em silêncio e mesmo assim agradecer ao Criador pela vida, pelos amores, pelos sabores que deliciava, pelo ar que respirava, pelas canções que alegravam e pelos milhares de amigos/irmãos que angariou por toda a sua caminhada.

Era um homem de comportamento exemplar que não iniciava seu dia sem agradecer a Deus por mais uma jornada que se iniciaria. Que amava interminavelmente tudo e todos e sabia perdoar como poucos ao seu redor. Nossos corações e mentes agora reverenciam o irmão que parte para o Oriente Eterno. Nosso compromisso é continuar a obra que ele nos delegou e seguir seu exemplo de fé, coragem e trabalho incansável.
O título que inúmeras vezes nos dirigimos a ele, Sereníssimo Grão Mestre, foi sempre o epíteto que melhor definia seu modo de viver. Porque, de modo sempre exemplar ele lutou para tornar feliz a humanidade, combateu a tirania, levantou templos à virtude e nos guiou no combate em defesa do bem e do amor.
Mas, o mais agradável será nos lembramos sempre que Deus nos dá muito mais do que pedimos e merecemos.
O Grande Arquiteto do Universo o colocará no panteão dos homens bons, que iluminaram o mundo em sua passagem por esse plano e que seu espírito estará sempre orando por nós.
Assim seja.
Hélmiton Prateado é jornalista e irmão do Adolfo
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