Opinião

Imprensa: o quarto poder

Redação DM

Publicado em 2 de junho de 2015 às 03:28 | Atualizado há 10 anos

Até 1999 o Dia da Imprensa era comemorado em setembro, em função do início de circulação da A Gazeta do Rio de Janeiro, datada de 1808. Porém, a Lei nº 9.8831 determinou que a data fosse alterada para 1º de junho.

A razão da mudança se deu porque descobriu se que, o Correio Braziliense, produzido pelo jornalista gaúcho Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, feito em Londres, circulava clandestinamente (até 1808, eram proibidas no Brasil a circulação e a impressão de qualquer tipo de jornal ou livro).

O Correio Braziliense foi lançado em junho do mesmo ano, ou seja, três meses antes da Gazeta.

A Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o jornalismo e outras funções de comunicação informativa – em contraste com a comunicação puramente propagandística ou de entretenimento. O termo imprensa deriva da prensa móvel processo gráfico aperfeiçoado por “Johannes Guttenberg” no século XVI e que, a partir do século XVIII foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes.

A imprensa é considerada o quarto poder, em razão de exercer grande influência no comportamento humano, ao conseguir manipular a opinião pública.

Quando o Brasil era colônia portuguesa, não havia imprensa, universidade nem livros, pois Portugal temia que a cultura e a circulação de ideias pudessem abalar o regime e a metrópole. Tudo mudou com a vinda da família real portuguesa para o Brasil. Em maio de 1808, D. João fundou a Imprensa Régia, que mais tarde passou a chamar-se Imprensa Nacional.

O primeiro jornal em língua portuguesa a circular no Brasil, em 1º de junho de 1808, foi o Correio Braziliense, fundado e elaborado em Londres por Hipólito José da Costa, jornalista brasileiro exilado na Inglaterra.

A Gazeta do Rio de Janeiro foi a primeira publicação oficial impressa no País, editada a partir de 10 de setembro de 1808, submetida à censura do palácio e dirigida por um funcionário do Ministério das Relações Exteriores.

No âmbito nacional, há quatro jornais matutinos tradicionais no Brasil: Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, de São Paulo, e O Globo e Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro.

No âmbito regional, há jornais que exercem grande influência em suas comunidades, como: Zero Hora, de Porto Alegre (RS), O Estado de Minas, de Belo Horizonte (MG), secundados por A Tarde, de Salvador (BA), Jornal do Comércio, de Recife (PE), e Gazeta do Povo, de Curitiba (PR).

Em Brasília, circulam os jornais matutinos regionais: Jornal de Brasília, e Correio Braziliense (este com título que homenageia o órgão pioneiro da imprensa), de elevado conceito, visto serem os primeiros a chegar às mãos dos políticos e dos ministros.

É relevante a história da imprensa no Brasil, em virtude de estar vinculada a história da política brasileira, caracterizada pela alternância entre períodos de ditadura e de democracia, de censura direta ou indireta e de liberdade de expressão.

Um dos maiores problemas da imprensa mundial é a falta de liberdade de expressão e a censura do jornalismo em alguns países. Geralmente, a falta de Liberdade de Expressão pode ser encontrada em países onde há uma ditadura, onde a imprensa local deve obedecer sempre às ordens do Governo, ou então, é censurada por tempo indeterminado.

Em nações onde há ditadura, são poucas as organizações que sempre obedece aos ditadores.

Disse Rui Barbosa: “A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que ameaça.”

 

(André Junior – Membro UBE – União Brasileira de Escritores – Goiás [email protected])

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