Opinião

Internet x Educador Físico

Diário da Manhã

Publicado em 23 de setembro de 2016 às 02:28 | Atualizado há 9 anos

Cada dia mais, a internet tem se transformado em uma grande enciclopédia para quem busca qualquer tipo de informação ou produto. Porém, quando se trata da saúde, infelizmente a grande quantidade de informação disponível atrapalha mais que ajuda. Isso porque com a alta do estilo de vida saudável e fitness no Brasil, começaram a surgir as personalidades de influência que não possuem nenhuma formação para orientar seus “seguidores”, seja em exercícios físicos ou dicas de alimentação.

Acompanhando esses influenciadores, muitas pessoas passam a acreditar que as dietas da moda são indicadas para seu caso ou que existe uma fórmula mágica seja para emagrecer, para conquistar o corpo desejado, ganhar saúde ou se recuperar de uma lesão. Porém, só um profissional com experiência e que estudou fisiologia, anatomia e que teve disciplinas específicas na área pode indicar exercícios seguros ao aluno que vão proporcionar o resultado esperado sem causar lesões ou risco de infarto em alguns casos.

Qualquer professor ou personal trainer sério já se deparou com casos de lesão porque o aluno fez exercícios sozinho ou com supervisão de pessoas não capacitadas para essa tarefa. Joelhos, ombros e coluna abrigam as lesões mais comuns e a recuperação exige cuidado para tratamento e recuperação plena. Para pessoas que tenham alguma pré-disposição à doenças cardiovasculares, o risco é ainda maior.

Por isso, quem busca uma atividade física prática, como as que são mostradas na internet, deve saber que nem todos os exercícios ou intensidade de treinos são adequados para todas as pessoas. O ideal é, sem dúvida, buscar uma academia ou um personal trainer. E no ato da contratação o aluno pode e deve pedir documento que comprove a formação do profissional, afinal de contas ele está entregando sua saúde nas mãos dessa pessoa.

Com essa atitude o próprio aluno contribui para exigir que as academias valorizem esses profissionais, colocando apenas pessoas habilitadas para criar planos de treinos, dar aulas ou suporte aos estagiários e que tenham remuneração adequada à categoria. Ainda assim, em muitas academias pequenas a realidade está bem longe do ideal, pois não investem na contratação de profissionais formados para exercer a função de professor.

 

(Fagner Siva, coordenador técnico da Academia Prime Gym, em Goiânia)

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