Opinião

JK implantou logística de Brasília em Anápolis

Diário da Manhã

Publicado em 7 de setembro de 2016 às 03:02 | Atualizado há 9 anos

O presidente Juscelino Kubitschek, que assinara em Anápolis, no dia 18 e abril de 1956, a mensagem e o projeto de lei enviados ao Congresso Nacional, propondo a transferência da Capital da República para o Planalto Central, voltou à cidade no final de agosto de 1957 para inaugurar uma estrada asfaltada de 130 km, no meio do nada, sem ligação com nenhuma outra rodovia pavimentada, mas conectada à ponta dos trilhos. Para acelerar a implantação da logística da construção de Brasília, Juscelino colocara o engenheiro Bernardo Sayão à frente da obra dividida entre cinco empreiteiras. Em menos de um ano, estava pronta a integração  do transporte rodo-ferroviário. A cada carga de material de construção transferida dos vagões para os caminhões enfileirados em volta da estação ferroviária de Anápolis e a cada passo de quantos candangos percorriam a pé o trajeto até a Capital da Esperança, o sonho de Juscelino se realizava.

Até a década de 1950, os poucos caminhos existentes por essas bandas eram de terra batida. Alguns se resumiam a trilhas marcadas pela insistente marcha dos viajantes que seguiam rumo aos povoados de Santa Luzia (Luziânia) e Meia Ponte (Pirenópolis). Traçada sobre chapadas relativamente planas, a BR 060 era a solução mais viável e rápida para estabelecer a logística das obras da futura capital.

Anápolis tirou proveito de sua localização privilegiada e firmou-se como eixo do segundo maior corredor de riquezas no Brasil. No caminho da BR 060 consolida seu pólo logístico, mais de meio século depois que o melhor presidente que o Brasil já teve interferiu decisivamente no curso de sua história.

(Manoel Vanderic, jornalista)

 

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