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Diário da Manhã

Publicado em 20 de janeiro de 2018 às 23:21 | Atualizado há 7 anos

Um tem­plo de ora­ção é lo­cal que abri­ga aque­le que bus­ca um pou­co de paz.

É lu­gar si­len­cio­so e aco­lhe­dor pa­ra res­guar­dar quem nas­ceu num mun­do ba­ru­lhen­to, agi­ta­do,  e es­tá pro­cu­ran­do aqui­e­tar-se.

É tam­bém es­co­la pa­ra a al­ma, on­de ela apren­de ou re­lem­bra que de­ve amar a Deus so­bre to­das as coi­sas, e ao pró­xi­mo, co­mo a si mes­mo.

Tra­ta-se de lu­gar pro­pí­cio pa­ra re­ad­qui­rir ener­gia, pa­ra mer­gu­lhar em si mes­mo, res­tau­ran­do as for­ças exau­ri­das. É on­de a pes­soa en­con­tra con­di­ções de or­ga­ni­zar-se pa­ra en­fren­tar o com­pro­mis­so fei­to con­si­go mes­ma; cum­prir obri­ga­ções ina­li­e­ná­veis, já as­su­mi­das e das qua­is de­pen­de a pró­pria se­gu­ran­ça  e a se­gu­ran­ça dos se­res ama­dos.

Se vo­cê bus­car, ha­ve­rá de en­con­trar, nem que se­ja um lu­gar ao sol, am­pa­ra­do pe­la na­tu­re­za, on­de vo­cê es­ta­rá an­te o al­tar do seu pró­prio co­ra­ção. Is­to por­que, um tem­plo, nem sem­pre sig­ni­fi­ca uma edi­fi­ca­ção de pe­dras e con­cre­to, mas aci­ma de tu­do, um re­du­to de re­co­lhi­men­to. E es­te po­de ser edi­fi­ca­do, não so­men­te no seio da na­tu­re­za, mas, den­tro do pró­prio co­ra­ção.

Um lu­gar on­de vo­cê po­de­rá ou­vir a voz de sua pró­pria con­sci­ên­cia.

Fa­zen­do si­lên­cio, ou­vi­rá a voz de Deus, res­pon­den­do o que vo­cê quer sa­ber; de­fi­nin­do o que vo­cê quer de­ci­dir; mos­tran­do o que vo­cê não via; cla­re­an­do o ca­mi­nho que dei­xa de ser es­cu­ro, ilu­mi­na­do por sua luz in­te­ri­or.

As ins­ti­tu­i­ções re­li­gi­o­sas po­dem pro­pi­ci­ar lo­ca­is de paz e re­co­lhi­men­to, afi­nal, es­ta é uma das pro­pos­tas pa­ra as edi­fi­ca­ções que aco­lhem ou re­pre­sen­tam um nú­cleo de re­li­gi­o­si­da­de.

Ve­ja­mos, den­tro de nos­sa cren­ça pes­so­al. o pa­pel de um Cen­tro Es­pí­ri­ta.

Um cen­tro es­pí­ri­ta bem ori­en­ta­do traz na com­po­si­ção de  su­as di­re­tri­zes  um con­jun­to de prin­cí­pios, de leis, re­ve­la­dos pe­los Es­pí­ri­tos su­pe­ri­o­res.

Mos­tra e vi­ven­cia as ori­en­ta­ções se­gu­ras, pre­ci­sas, que es­tão con­ti­das nas obras de Al­lan Kar­dec, o co­di­fi­ca­dor da Dou­tri­na Es­pí­ri­ta.

Dou­tri­na que se apoia  nas elu­ci­da­ções de O Li­vro dos Es­pí­ri­tos, a pri­mei­ra pu­bli­ca­ção da Ter­cei­ra Re­ve­la­ção.  Ins­pi­ra­ção e guia pa­ra ou­tros qua­tro li­vros, com os qua­is for­ma o Pen­ta­teu­co Kar­de­qui­a­no: O li­vro dos mé­di­uns, O evan­ge­lho se­gun­do o es­pi­ri­tis­mo,  O céu e o in­fer­no e A gê­ne­se, além de O que é o Es­pi­ri­tis­mo e O Es­pi­ri­tis­mo em sua ex­pres­são mais sim­ples- es­tes dois úl­ti­mos, pre­ci­o­sos opús­cu­los pa­ra di­vul­ga­ção dos en­si­na­men­tos bá­si­cos da Dou­tri­na dos Es­pí­ri­tos.

Al­lan Kar­dec es­cre­veu, com­pôs e edi­tou tam­bém ao lon­go de 10 anos, um men­sá­rio: a  Re­vis­ta Es­pí­ri­ta – Jor­nal de Es­tu­dos Psi­co­ló­gi­cos. Pu­bli­ca­ção con­si­de­ra­da co­mo a tri­bu­na de Kar­dec no sé­cu­lo XIX, pa­ra ori­en­ta­ção da Dou­tri­na nas­cen­te, do Mo­vi­men­to  Es­pí­ri­ta da­que­la épo­ca e de to­do o sem­pre, an­te  a atu­a­li­da­de dos te­mas e a ló­gi­ca das ar­gu­men­ta­ções ir­re­fu­tá­veis do Co­di­fi­ca­dor. A Re­vis­ta Es­pí­ri­ta pu­bli­ca­da por Al­lan Kar­dec  no sé­cu­lo de­ze­no­ve,  no pe­rí­o­do de 1858 a 1869, é jóia pre­ci­o­sa in­crus­tra­da no co­ra­ção do es­co­po dou­tri­ná­rio do Es­pi­ri­tis­mo.

O Es­pi­ri­tis­mo é uma Ci­ên­cia que tra­ta da na­tu­re­za , ori­gem e des­ti­no dos Es­pí­ri­tos, bem co­mo de su­as re­la­ções com o mun­do cor­po­ral, nos diz Kar­dec, no pre­âm­bu­lo da obra,  O que é o es­pi­ri­tis­mo – FEB, 2013. Diz-nos, tam­bém, na co­pi­la­ção das Leis Mo­ra­is, que re­gem o uni­ver­so, em O evan­ge­lho se­gun­do o es­pi­ri­tis­mo – FEB 2013, que  o Es­pi­ri­tis­mo re­a­li­za o que Je­sus dis­se do Con­so­la­dor  pro­me­ti­do: “co­nhe­ci­men­to das coi­sas , fa­zen­do que o ho­mem sai­ba don­de vem, pa­ra on­de vai, e por que es­tá na Ter­ra; atrai pa­ra os ver­da­dei­ros prin­cí­pios da lei de Deus  e con­so­la pe­la fé e pe­la es­pe­ran­ça”  – ( obra ci­ta­da, cap. VII, item 4).

Em seu con­jun­to, o Es­pi­ri­tis­mo re­ve­la con­cei­tos pro­fun­dos a res­pei­to de Deus, do uni­ver­so, dos ho­mens dos Es­pí­ri­tos e das Leis que re­gem a vi­da, além de re­ve­lar o que so­mos, de on­de vi­e­mos, pa­ra on­de va­mos; qual o ob­je­ti­vo da nos­sa exis­tên­cia e qual a ra­zão da dor e do so­fri­men­to.

To­ca em to­das as áre­as do co­nhe­ci­men­to, das ati­vi­da­des e do com­por­ta­men­to hu­ma­nos, abrin­do no­va pers­pec­ti­va, no­va era pa­ra a re­ge­ne­ra­ção da hu­ma­ni­da­de.

De­ve ser es­tu­da­do pa­ra ser com­pre­en­di­do, vi­ven­cia­do e pra­ti­ca­do em to­dos os as­pec­tos fun­da­men­tais da vi­da, se­ja no âm­bi­to ci­en­tí­fi­co, fi­lo­só­fi­co, re­li­gi­o­so, éti­co, edu­ca­cio­nal e so­ci­al.

Não der­ro­gan­do ne­nhu­ma das re­ve­la­ções es­pi­ri­tua­is pa­ra a con­du­ção har­mô­ni­ca da hu­ma­ni­da­de, em seu pro­ces­so evo­lu­ti­vo, traz as lu­zes do en­ten­di­men­to pa­ra a ra­zão e o co­ra­ção; en­si­na-nos que Je­sus é a úni­ca por­ta da ver­da­dei­ra li­ber­ta­ção.

 

(El­zi Nas­ci­men­to  – psi­có­lo­ga clí­ni­ca e es­cri­to­ra  / El­zi­ta Me­lo Quin­ta  –  pe­da­go­ga – es­pe­cia­lis­ta em Edu­ca­ção e es­cri­to­ra. São res­pon­sá­veis pe­lo Blog Es­pí­ri­ta: lu­zes­do­con­so­la­dor.com. Elas es­cre­vem  no DM às sex­tas-fei­ras e aos do­min­gos.   E-mail: iop­ta@iop­ta.com.br    (062) 3251 8867)

 


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