Medo de um anti-corrupto
Diário da Manhã
Publicado em 6 de setembro de 2018 às 23:13 | Atualizado há 7 anos
O deputado Jair Bolsonaro, candidato à presidência do Brasil, também é um ser humano passivo a erros e acertos. Porém, reconhecido pelos brasileiros ser um destacado anti-corrupto contrariando a maioria dos nossos políticos. Noto que ele poderá ser um exemplo para as futuras campanhas eleitorais brasileiras. Apoiado pelo povo, faz a sua campanha inteiramente sem os recursos públicos e com a total colaboração popular. Porque então é aprovado uma fortuna para os políticos fazer as suas campanhas? Algo está errado e é de conhecimento público tendo em vista a forte adesão popular à Bolsonaro estar assustando tanto os demais políticos acostumados fazer as suas campanhas milionárias a custa do erário público, dinheiro vindo dos trabalhadores com as suas contribuições fiscais.
(Benone A. de Paiva, via e-mail)
Bola fora de Alckmin!
A propaganda eleitoral do presidenciável Alckmin é tão ou mais míope do que ele, porque se nas pesquisas ele não tem o eleitorado mais jovem, não será mostrando o candidato Bolsonaro aparentemente “odiando as mulheres”, que vai conseguir. Principalmente quando na propaganda política usam mulheres que não nos representam. Maria do Rosário há décadas só serve de chacota entre os jovens, inclusive quando nas redes sociais – as mais usadas pelos jovens – a mostrarem como péssima mãe que abandonou a filha para defender bandido, o que contraria também a maioria das brasileiras que querem bandido na cadeia e filho vivo. Bola fora de Alckmin que só vai jogar votos em colos alheios.
(Beatriz Campos, via e-mail)
Gestação de um monstro
Os meios de comunicação, mais focados no pleito presidencial, relegam a segundo plano a provável formação de um monstro em silenciosa gestação: o novo Congresso que, tudo indica, mostrará pouca diferença em relação ao que sai, origem de assombrações corporativistas e de apavorantes egoísmos pragmáticos. Tal panorama repetitivo emerge, entre outros indicativos, da grande quantidade de recandidatos investigados por corrupção, da perceptível estreia de filhos, parentes ou simpatizantes de eternos caciques e da desigual distribuição do odioso fundo partidário que favorece os já consagrados. Como o desempenho do nosso sistema de coalizão depende da atuação dos quase 600 ocupantes dos paraboloides invertidos, urge que a grande imprensa passe a alertar o eleitor para a escolha destes potencialmente perigosos mas fundamentais atores.
(Paulo Roberto Gotaç, via e-mail)
O vovô e o ministro Fachin
Depois da prisão de Lula, sabendo que o PT ficaria como urubu na carniça, enchendo o saco da Justiça brasileira e estressando o cidadão de bem que deseja que o ex-presidente continue lá em Curitiba, PR, fiz de tudo para que o meu vovô ficasse longe dos noticiários. O nonagenário anda com a saúde fragilizada e, estou convicto de que não seria nada bom para o meu velhinho, que tem aversão pelo Partido dos Trabalhadores, acompanhar as investidas da sigla para que Lula pudesse concorrer às eleições. Parece piada. Um condenado a 12 anos e 1 mês de prisão, sendo escolhido para voltar a dirigir o país que ele e outros companheiros jogaram no abismo. Não vigiei. Estava assistindo ao noticiário, pensando que o vovô já dormia, quando, para minha surpresa, o patriarca adentra à sala de TV no momento em que o o jornal mostrava o ministro Edson Fachin, relatando o seu voto, no Tribunal Superior Eleitoral. Maldita hora. Quando o ministro argumentou que não era possível afastar o comunicado do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que defende o direito de Lula concorrer às eleições, e que votava pela candidatura, o ancião se irritou, falou o diabo a quatro, cambaleou e caiu deitado no sofá. Foi terrível. Tive que massageá-lo para que voltasse a si. Agora ele fica o tempo todo repetindo: “Que Comitê coisa nenhuma. Estão pensando que o Brasil é uma republiqueta”
(Jeovah Batista, via e-mail)