Opinião

Mensagem de Natal

Redação DM

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 22:39 | Atualizado há 10 anos

É Natal!… E o Natal, o grande oráculo de reflexão da humanidade, é o momento em que se renovam nossas preces e esperanças. Uma fé inquebrantável há de nos levar à verdadeira paz, à fraternidade e à compreensão. Há de nos levar enfim, á realização de todos nossos anseios.

Ilustres leitores deste conceituado jornal:

Acompanham-me nesta jornada pelos caminhos misteriosos do tempo, apaga por um instante os olhos do presente e percorramos as estradas esquecidas do passado, outrora palmilhadas apenas por homens ousados, legítimas pedras angulares de gerações e gerações de povos. Percorramos juntos as relembranças de uma época que já se foi, para que os mais jovens saibam, como e porque, foi o começo desta epopéia, pela qual venho agora, falar contigo. Toma a minha mão e caminhemos é preciso começar do início, quando tudo era diferente, começar da pedra bruta visto que é dela que se faz a polida e da pedra polida a obra da arte real que tudo conquista, galgando as formas alcandoradas da beleza e as filigranas mais frágeis e delicadas em amor e tessitura, leve de sonho, com que Jesus Cristo constrói a cor, a forma, a terra, o mar e a eternidade.

Meus senhores e minhas senhoras, Jesus nasceu como que de uma leveza de nuvens rósea, para dar-nos um exemplo, para testemunhar a verdade e para nos salvar. E os anos foram passando, mais de dois mil anos já se passaram depois da vinda de Cristo. E neste instante, quero dizer-vos que o 25 de dezembro é o dia mais importante e significativo para todos nós, justamente porque se comemora a data do nascimento, isto é, o aniversário de Jesus Cristo.

Meus amigos, Natal é nascimento de Cristo nas almas. Assim sendo eu me enterneço até os mais íntimos refolhos da alma quando falo sobre Cristo, do Cristo que concedeu meus passos de menino, deste Cristo que assistiu os meus sonhos de adolescente, que me acolhe nos meus percalços e na minha luta diuturna de homem a caminho da meia idade. Eu amo nosso Cristo, eu amo este Cristo Filho de Deus. Minha notícia escrita é dirigida fielmente a Ele, porque aprendi a adorá-lo desde os meus tempos de meninice.

É um momento sublime, em que me dirijo humildemente, a todos que me prestigiam neste momento em lendo este artigo, com votos de paz, paz e paz. Mas a paz de que falo não é a paz armada das baionetas, das bombas incendiarias e bombardeios supersônicos que voejam como pássaros metálicos, aterrorizando e massacrando populações indefesas. Não; não é esta paz e nem outra semelhante. É a paz cristã. A paz da mansidão e da humildade. A Paz D’Aquele que veio ao mundo para dizer-nos que o Teu jugo é suave, e o Teu fardo é leve, chamando os cansados, os maltratados e oprimidos para conhecerem a libertação eterna.

Ah! Senhor, como eu gostaria de ver no mundo, o orgulho batido pela humildade; a cólera dominada pela mansidão; a mentira deslocada pela verdade; a injúria desfigurada pelo perdão; o ódio vencido pelo amor que Cristo nos ensinou na última Ceia; a força sobrepujada pelo direito; a guerra sufocada pela paz; as metralhadoras e canhões, trocados pelas Inúbias das falanges celestes, anunciando do Céu a marcha triunfal do entendimento e da concórdia entre os homens!

O homem moderno, Senhor, perdeu a consciência da Tua transcendente finalidade! E desejando acumular tesouros na terra, não teve tempo para escutar o Teu sermão da montanha e meditar sobre o que disseste a Nicodemos que “para se salvar é preciso nascer de novo!” Isto é, no nosso caso, festejar o Natal dentro da tua própria alma. Por isso, o dia do Teu nascimento foi tomado pelo balcão dos argentários; e, muitas das mesas que estavam reservadas para a Tua festa foram cedidas ao repasto de vitelo, onde a glutonia pagã diz estar comemorando a Tua vinda!… E o velhacório Papai Noel é exaltado e adorado no Teu lugar por aqueles que ainda não compreenderam o significado da Tua passagem pelas fragas da Terra! Esse mordomo das conveniências capitalistas entre pelo telhado da mentira, para melhor iludir os inocentes e cometer a injustiça que se repete todos os anos, não deixando presente para as criancinhas pobres…

Desce, desce Senhor, à manjedoura do mundo moderno e fala às consciências e aos corações dos homens do século XXI, para que o teu Natal seja festejado na alma de cada um e o mundo se liberte das tristes contradições.

E ao terminar as minhas palavras, quero deixar aqui um voto de confiança e esperança, desejando a todos um Feliz Natal e um venturoso Ano vindouro e, que cada pessoa possa no palmilhar de teus dias plantar a semente do bom fruto, a fim de que possamos, depois da colheita, saboreá-los junto do Pai Celestial que está no Céu.

Porque temos certeza que O Criador tem um grande objetivo, que é o de ver o sorriso espontâneo no rosto de cada goianiense, de cada goiano, de cada brasileiro e de cada sobrevivente enfim, desatar a todos, a felicidade, o sorriso e o sonho; a fim de que todos possam amar, mas sem medo e temor este nosso grande Brasil e este imenso universo.

E eu me despeço por hoje, desejando liberdade, igualdade e fraternidade entre os povos e que Deus possa abençoar todas as pessoas que vierem a tomar conhecimento desta mensagem.

O meu muito obrigado e até a próxima oportunidade.

 

(Hamilton Alves Machado, professor, advogado, teólogo, com mestrado em teologia e pastor)

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