Mulheres no cooperativismo
Diário da Manhã
Publicado em 30 de agosto de 2018 às 22:58 | Atualizado há 7 anos
O mês de agosto marca os 12 anos da Lei Maria da Penha e apesar dos avanços, ainda vivenciamos debates sobre violência contra a mulher. Um triste cenário, que pede novos enfrentamentos e maior autonomia a elas, que tanto contribuem com o país, com o mercado, com a sociedade.
Através de iniciativas de relevância econômica e social, o cooperativismo de crédito tenta passar a sua mensagem. No mês passado, o Brasil novamente brilhou na Conferência World Council of Credit Unions – Woccu, que ocorreu em Singapura. O evento acontece anualmente e é sucesso ao estimular a troca de experiências e principalmente, o contato com boas práticas de cooperativismo de crédito de diferentes países e economias.
Um dos projetos premiados é do Sicredi e tem inspiração na presença delas no agronegócio, na região de Ouro Verde/MT. Lá, foram mais de R$ 5 milhões de crédito liberados, possibilitando que algumas delas aumentassem suas rendas em mais de 200%. Mais do que crédito, foi estimulado que elas assumissem um papel de protagonistas, com mais igualdade, melhores condições de trabalho e, consequentemente, mais qualidade de vida às suas famílias. No ano passado, a instituição brasileira também foi premiada ao estimular a inclusão feminina no ambiente corporativo, dando autonomia para que elas busquem cargos de gestão e liderança. A ação já envolveu mais de 1.800 mulheres e representou um aumento de 50% delas em cargos de liderança nas cooperativas.
Com estas e outros iniciativas, impactamos positivamente a vida não só das mulheres, mas de milhares de pessoas. Assim conquistamos uma sociedade mais justa. Esse é o nosso papel e o seu também!
(Celso Figueira, bacharel em Direito, especialista em Gestão de Empresa Cooperativa e presidente da Central Sicredi Brasil Central)