No País, alta do PIB fica abaixo da expectativa
Redação DM
Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 22:15 | Atualizado há 7 anos
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou no ultimo fim de semana que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% no trimestre passado e ficou praticamente estável em relação aos três meses imediatamente anteriores. O resultado veio um pouco abaixo do que o esperado pelos analistas, que esperavam um crescimento de 0,3%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,641 trilhão.
A principal dúvida de economistas é sobre a capacidade do país em manter a trajetória de recuperação, em meio a incertezas em relação à dinâmica das contas públicas, ou seja, o que pode voltar a disparar juros, o câmbio e a inflação. O governo brasileiro enfrenta dificuldades em para colocar em prática medidas de contenção ao aumento das despesas. Um dos componentes do crescimento sustentável, segundo economistas, é a confiança do empresariado. Apesar de ainda sentirem os sintomas da recessão econômica, o setor empresarial tem sido otimista.
A Agropecuária registrou queda de 3,0%, a Indústria teve crescimento de 0,8% e os Serviços aumentaram em 0,6%. Dentre as atividades industriais, houve crescimento de 1,4% nas Indústrias de transformação (indústrias de bens e consumo) e variação positiva de 0,2% nas Indústrias extrativas – que retiram matéria-prima (vegetal ou mineral). Apresentaram resultado positivo o Comércio (1,6%), as Atividades imobiliárias (0,9%), as Outras atividades de serviços (0,2%). O PIB no acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2017 cresceu 0,6% em relação a igual período de 2016.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE e trabalhada pelo Instituto Mauro Borges (IMB), mostram que a taxa de desemprego caiu em Goiás no terceiro trimestre, repetindo o que já havia acontecido nos dois trimestres anteriores. Estimada em 9,2%, é a sétima menor do País, com redução de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme destaca a pesquisa, isso significa que existem 60 mil pessoas a menos na fila de espera por uma vaga de trabalho.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgou recentemente que Goiás gerou, de janeiro a outubro, 44.967 novos postos de trabalho. O Estado tem o quarto maior saldo do País, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Em termos proporcionais, Goiás está em terceiro lugar, com crescimento de 3,79%.
Goiás tem muitas perspectivas econômicas favoráveis ao investimento. Nas duas últimas décadas, Goiás conseguiu atrair para o Estado cinco das maiores montadoras de veículos do mundo. Mitsubishi, John Deere, Suzuki e Hyundai se instalaram nas cidades de Catalão e Anápolis, e realizaram, nos últimos anos, investimentos de mais de R$ 2,4 bilhões. Aparecida de Goiânia, por exemplo, está fortalecendo sua vocação econômica para a indústria e comércio e está gerando empregos. A cidade possui cinco polos industriais e ocupa o terceiro lugar no ranking dos municípios goianos com maior PIB e tem despertado interesse de empresas multinacionais.
O campo mercadológico tem mudado e se encontra aberto à inovação, a justiça tributária, a produtividade, a competitividade e ao desenvolvimento econômico, etc. Para Goiás, existem dois cenários prováveis, mas que dependerão de decisões governamentais, tanto a nível nacional como estadual: a forma como serão aplicadas as reformas adotadas pelo governo federal e as políticas públicas de atratividade de novos investimentos para o Estado.
(Maione Padeiro, presidente da ala jovem da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag Jovem), articulista,comendador, membro do Fórum Jovem de Lideranças Empresariais de Goiás e supervisor do Programa Goiás na Frente Região Metropolitana. E-mail: maionysousa@hotmail.com)