Nossos irmãozinhos computadores e os governos
Diário da Manhã
Publicado em 4 de outubro de 2018 às 21:47 | Atualizado há 7 anos
As coisas não acontecem por acaso, tudo está “matematicamente” sincronizado, possui significados e significâncias, cujo entendimento e compreensão estão aquém da nossa minúscula capacidade mental, coitadinho de nós, mas, lógico, “só”: por agora porque com o avanço extraordinário da “alta tecnologia”: e as “descobertas” de “novas ciências” – à exemplo a “Captologia” – serão os nossos “irmãozinhos androides” que nos ensinarão a compreender os milagres, coincidências, assombrações, aparições, ectoplasmas, pirâmides, óvnis e, mais, os nossos “irmãozinhos androides”, com “cérebros” milhões de vezes mais potentes que os nossos – fótons – capazes de “estabelecer paradigmas” diante de algoritmos em milionésimos de segundos, ajudar-nos-ão no que há de mais trágico, os governos.
O “homem do mercado” Hermes Traldi honrou-nos com o artigo “Tempo das mídias digitais nas eleições”, publicado dia 2 e sintetizou magnificamente o tema:
“O Tempo Presente é o da quarta revolução. A informacional. Como anunciava Adam Schaff. De origem polonesa. A mesma de Zygmunt Baumann. Sob a Era da Globalização. Do uso universal de tecnologias de última geração. Produtos com valor agregado. Até no modus operandi da política institucional. As eleições de 7 de outubro de 2018, exatos 30 anos depois da promulgação da Constituição Cidadã, em 5 de outubro de 1988, por Ulisses Guimarães, o Senhor Dignidade ou Diretas Já, serão marcadas por operações no mundo digital. Os tradicionais santinhos, troca de botas, tapinhas nas costas de que somente voltaria após 4 anos, showmícios ficaram no passado. As redes sociais permitem a interação do cidadão. Entre os representantes e os representados. Nada mais democrático. Plural. Inventivo. Uma nova forma de apresentar ao eleitor plataformas para as urnas eletrônicas”.
Não consigo me conter e transcrevo mais um trechinho::
“A economia do Brasil apresenta indicadores alarmantes. Com PIB – Produto Interno Bruto negativo, ensaio de volta do dragão da inflação, explosões do dólar e do euro, juros extorsivos que inibem investimentos do capital nacional, do agronegócio, da indústria e dos serviços. Com 27,7 milhões de desempregados, 22,5 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social com consumo de menos de 2 dólares por dia, quadro trágico de pobreza extrema, além de 36 milhões de brasileiros no mercado de trabalho formal ou invisível, sem renda fixa, direitos trabalhistas ou previdenciários, o que alimenta o rombo da Previdência Social”.
Misericordioso leitor “diante dos nossos olhos”, ou, “debaixo dos nossos narizes”, a vizinha Venezuela, um país cuja economia, há 10 anos, por incrível que pareça, era 5 vezes superior à economia chinesa, único membro da “Opep” – Organização dos Produtores e Exportadores de Petróleo”, está falindo com uma inflação anual de mais de 1.000.000 – um milhão – inacreditável, em apenas 120 meses um safado e seu motorista arruinaram um país. Até.
(Henrique Gonçalves Dias, jornalista)