Nunca mais
Diário da Manhã
Publicado em 11 de outubro de 2018 às 04:34 | Atualizado há 7 anos
Com o novo comboio de eleitos, vamos ver se eles não fazem de suas vidas um festival de autodeslumbramento como fizeram os anteriores, que lembraram muito das regalias pessoais e se esqueceram de trabalhar para o povo sofrido, humilde e submisso. De todo mandato que for esbanjado pela irresponsabilidade dos políticos, seja dispensado o titular do cargo, como quis desta vez o eleitorado. Que o faça no futuro. Que vire moda. Só assim, a coisa melhora.
Não é possível viver tanto tempo na pobreza. Pobreza humilhante. Não tem jeito sequer de o aposentado comprar seus remédios e pagá-los com tranquilidade ou sem o vexame de ficar devendo. Todo mês a alta nos preços é sistemática. E isto de modo geral. Graças à permissibilidade dos maus governos que abusam da passividade dos governados. Mandatários deixam a embarcação à deriva porque, de alguma forma, lucram com isso. Mas com o despertamento do povo, a situação parece que vai mudar. Os políticos que levaram um “cheguem pra lá!” se acaso despertaram, foi muito tarde. Só depois que o país rasteou na bancarrota é que viram que não adiantava mais repetir os discursos mentirosos rebuscados com palavras que o eleitorado apreciava ouvir. Inventaram tanta expressão de agrado geral que, nesta última eleição, os aspirantes parecem que usaram o mesmo discurso, pois não superavam a limitação da velha política e os poucos que se reelegeram foi porque mudaram o discurso ou a pretensão a cargo.
É triste ver pessoas de vida equilibrada de repente caírem na pior situação por falta de seriedade e ética de mandatários, não de todos evidente, mas dos inescrupulosos. Mudavam de opinião com a facilidade que a nuvem muda de formato. Era preciso substituí-los urgente e a população o fez nesta eleição. Tomara que a complete no segundo turno.
As pessoas modificavam seus hábitos para manterem a dignidade. Enquanto isto, a inflação grassa geral. O custo de vida até hoje mantém arbitragem aleatória. Um refrigerante custava Cinco reais mês seguinte o mesmo custa Sete. O cidadão vai à farmácia e o medicamento pelo qual pagava 30, mês seguinte era 35,00. Sempre foi assim. É um descontrole permanente ainda agora. Sem verificar se houve alteração no salário do brasileiro, acontece o reajuste junto, enquanto os aproveitadores se mantinham nos cargos. Com esse bota fora deles no primeiro turno, quem sabe melhora. Nem que seja um por cento.
Graças a Lava Jato e a compreensão do povo, o Brasil dá o primeiro passo rumo ao crescimento, desde que ninguém dê atenção a esses ignaros que insistem em andar para trás, pretendendo “tomar o governo”. Governo se ganha com amor, trabalho, paz, respeito e, sobretudo, com liberdade. Nunca mais pretenciosos “intelectuais”, “pensadores geniais”, como os de terceira categoria, que apareceram para alimentar com Rivotril o gigante adormecido. Nunca mais.
(Iron Junqueira, escritor)