O Brasil que queremos
Diário da Manhã
Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 00:59 | Atualizado há 7 anosLamentavelmente, em pleno século XXI estamos vendo nosso país passar por uma crise generalizada e que compromete seriamente a qualidade de vida do seu povo. É triste ver a mídia veicular manchetes causadoras de espanto e vislumbram tempos difíceis pela frente. Nossa economia experimenta tempo de grande recessão provocada por uma série de problemas, tais como: elevação de taxas de juros, queda da arrecadação de impostos, desemprego, aumento das demissões, inflação galopante, redução da produção industrial e do comércio internacional, perda do poder de compra dos salários e outras calamitosas consequências.
Resultados altamente negativos podem ser vistos no seio da sociedade como um todo, notadamente na administração pública, com destaque especial para a corrupção que se alastra e continua sem controle dos órgãos capazes de contê-la. A criminalidade desafia com muita força o poder das polícias, gerando assim um ambiente de perigosa falta de segurança por todos os lados. As áreas da educação e da saúde passam por situação digna de análise e de urgentes providências por parte dos gestores públicos.
Ante profunda reflexão em torno de tantos problemas vividos atualmente pelos irmãos brasileiros, conclui-se que experimentamos até uma crise de falta de honestidade. E o inesquecível patriota, escritor, parlamentar jurisconsulto, político e jornalista Rui Barbosa sentiu isto na década de 50, quando em vibrante pronunciamento afirmou: “De tanto ver triunfar as nulidade; te tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
É oportuno relembrar a célebre expressão do ex-presidente Charles de Gaulle, da França, que também já foi final da década de 50, após visitar nosso pais disse: “O Brasil não é um país sério”. Nenhum ser humano tem o dever de ser rico grande ou sábio, mas todos têm o dever de serem honestos e honrados. Também o respeitável Davant, afirmou que a honestidade e a honra são a consciência moral dos que governam uma nação.
Analisando o curso de sua história ao longo de seus 518 anos de descobrimento, vê se que o Brasil é um grande país, dotado de enormes potencialidades que o credenciam a ser classificado como de primeiro mundo. Contudo, permanece no patamar de país em desenvolvimento, com uma população de 13 milhões de analfabetos, alarmante índice de criminalidade, desenfreada corrupção nos mais altos escalões da administração pública e privada, drogas dominando a juventude, ensino em baixa e tantos outros fatores que estão levando a população brasileira para caminhos nebulosos.
Diante deste grave cenário, surge a tomada de providências viáveis e positivas, visando garantir a este e às futuras gerações um futuro dignificante. Cabe aos nossos dirigentes modificar este quadro tão sério e comprometedor, oferecendo à sociedade condições de uma sobrevivência sadia sob todos os aspectos.
Assim, queremos logicamente, um país com saúde, educação segurança e outros serviços imprescindíveis; melhor política de investimentos nos municípios; justa carga tributária; debelação das crises econômicas, política e financeira, apoio integral ao agronegócio, em especial ao pequeno agricultor, menos doenças; mais diplomacia e empregos, além de outras necessidades na vida dos brasileiros.
(Aníbal Silva, jornalista e membro da Academia Goiana Maçônica de Letras, da Academia Cezarinense de Letras e Artes e da diretoria executiva da Associação de Imprensa e Editoria do Jornal da Cultura Goiana)