O cristão e a paciência
Redação DM
Publicado em 28 de março de 2018 às 23:00 | Atualizado há 7 anos
Ditados populares como “chutar o balde”, Fulano explode por qualquer coisa, “estopim curto”. Refletem uma realidade do homem moderno. Tais axiomas traduzem uma característica bem peculiar de nosso tempo. Vivemos um mundo de correria, de uma tecnologia fantástica, mutações muito rápidas devido a busca do homem pela satisfação em todos os setores. A paciência e a tolerância que deveriam fazer parte deste contexto têm sido ignoradas até mesmo pelos próprios cristãos. No conceito bíblico, paciência é a capacidade de suportar provações, aflições, situações adversas e permanecer firme na fé por amor ao Senhor. Jesus além de ensinar, vivenciou diariamente a paciência até o final de sua vida. Suportou afrontas, perseguições e foi desafiado a provar que era filho de Deus. Mesmo pregado na cruz, ouviu blasfêmias, palavras de escárnios,e zombarias mas nem por isso perdeu a paciência e o equilíbrio. Ele ainda demonstrou compaixão quando disse; “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem“ (Lc.23:34) Apóstolo Paulo ensina que a renovação de nosso homem interior precisa ser diária para ‘andarmos no espírito’. O respeito, as gentilezas, a compreensão, e a paciência deve atuar em nosso comportamento em todas as situações. A paciência é fruto também da sabedoria, não perder o domínio próprio, ter a noção de que não somos donos da verdade. Arrependemos quase sempre quando perdemos a paciência porque agimos sempre neste estado de impaciência, com precipitação, ira, mágoa e injustiça. Nesta correria, neste mar de problemas e preocupações não é na realidade fácil ter paciência. Mas precisamos agir para termos mais paz em um mundo turbulento, e de violência e de injustiças. Conseguindo ter paciência entramos no caminho da paz, nos sentimos vitoriosos, não afrontamos e certamente ajudamos alguém ou mais precisamente nos auto ajudamos. Pensamos na verdade, da mesma forma que visualizamos defeitos. falhas e limitações em outras pessoas elas também vêem em nós os mesmos erros ou talvez até maiores, e ainda assim nos suportam. A paciência é semelhante a ansiedade, nada se altera com estas atitudes de impaciência e ansiedade. E tem mais ainda porque nestas situações muitas pessoas tem ido para hospitais, clínicas de repouso e a depressão envolve de maneira terrível. É necessário equilíbrio comportamento sereno, para o labor do dia-a-dia. O mundo está apresentando violência contra a mulher e a criança de forma trágica, assustadora e a falta de paciência interfere muito nestes desastres. A ira e a insensatez andam de mãos dadas nos dias atuais. Como cristãos aborrecemos a Deus quando : Quando nossa ira tem origem de causas pequenas e até inexpressivas. Quando saímos dos limites apropriados e agimos pelos excessos de intemperança. Quando a ira, deveria ser dirigida contra nós mesmos e contra nossos erros se volta contra as pessoas. O mundo pode ser melhor, as pessoas podem ser melhores, mas depende de nossos exemplos. Atitudes corretas e pacientes traz esperança a outros, traz otimismo, e quantas pessoas problemáticas, egoístas e egocêntricas recebem uma luz e expectativa para dias melhores e mudanças inclusive na família. Que Deus nos ajude a ter paciência e nós possamos busca-la e praticar com amor. “Quando alguém erra contra você agradeça a Deus porque não foi você que errou’.
(Pr. Leordino Lopes de Carvalho Junior, presidente do CPA – Conselho de Pastores de Anápolis, vice-presidente da Cruzada pela Dignidade – E-mail* leordinocpa@hotmail.com (62) 96284108- 30987016-92298356)