O envelhecimento da população e o desafio do mercado da saúde
Diário da Manhã
Publicado em 2 de agosto de 2018 às 00:10 | Atualizado há 7 anos
Segundo o IBGE, em 2060 mais de 25% da população terá mais de 65 anos e os jovens serão apenas 13,9%. Em 40 anos, seremos um país de idosos. É necessário, portanto, que o mercado da saúde se prepare para atender esse segmento, que demanda produtos e serviços especiais.
Um dos setores que tem se preparado ao longo dos anos para atender essa população é o de medicamentos e produtos manipulados.
O envelhecimento do mecanismo cerebral que inibe a dor provoca dois efeitos específicos da idade: maior tempo para a percepção da dor, o que leva ao risco do idoso se expor ao perigo por mais tempo no caso de quedas, choques ou queimaduras; e o aumento da intensidade da dor, pois o órgão não consegue mais impedir o impulso de forma eficiente.
Para cuidar desse quadro clínico, várias medicações são receitadas. Aqui entram os medicamentos manipulados ao oferecer a possibilidade de associar mais de um princípio ativo numa única formulação, contendo tudo que é necessário para o paciente. Isso evita que o idoso se esqueça de tomar um ou outro medicamento, além da garantia ao médico de que o tratamento é seguido. Outra vantagem é a adequação da dose de acordo com o peso, gênero e necessidades específicas.
Ainda existe a opção da forma farmacêutica mais indicada caso a caso: cápsulas de diferentes tamanhos, pastilhas, gomas, cremes, loções e outras podem ser preparadas livres de alergênicos ou substâncias que gerem intolerância, como lactose, glúten, corantes, aromatizantes e conservantes.
Ano a ano, o setor de farmácias de manipulação desenvolve soluções voltadas a esse e outros públicos que demandam a personalização de medicamentos para o atendimento de suas necessidades.
(Marco Fiaschetti, diretor executivo da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais – Anfarmag)