O “golpe”
Diário da Manhã
Publicado em 16 de março de 2018 às 01:02 | Atualizado há 7 anos
Desde o momento em que a Unb e a USP resoveram incluir mais uma matéria na grade de seus cursos, o tecido da história brasileira passou a exibir mais um “golpe” no rol dos de natureza política. Breve, essas unidades do ensino superiores se increverão no TSE como agremiação política esquerdista privilegiada em todos os sentidos. Aliás, se você der um mergulho na História do Brasil, encontrará golpe de toda natureza. Exemplo: quem esperava que o sr. Fernando Henrique Cardoso, ontem, desse golpe no sr. José Serra e hoje, no sr. governador do Estado de São Paulo e até no seu partido; declarou-se simpatizante do petismo. Deveria aproveitar a abertura de “janela” na legislação eleitoral e fazer a mudança. Não seria uma boa ideia??!!!.
Golpe, na definição do dicionário, é: entre outras “desgraça”, “esperteza”, no sentido popular “golpe baixo ou manobra traiçoeira” (“in” Dic. Língua Port. – pág.293 – Prof. Pasquale).
De foma que, o “golpe” pode ser de um indivíduo para outro ou outros e pode figurar ” o golpe político”. Ao longo dos 500 anos, a descoberta das Américas começou por uma manobra da malandragem de um astucioso navegador :Cristóvão Colombro, a qual receberu o nome de seu autor, “o ovo do Colombo”. Depara-se, anos depois, com outro golpe fruto, também, da malandragem, contra nossos índios. 0 autor: Anhanguera, em suas viagens em busca de pedras preciosas, no interior de Goiás. Agora, o golpe no campo político: (que o Dicionário não o define), o famoso “dia do Fico” de D. Pedro I. Era 09 de setembro de 1822. Em decorrência do “Fico”, D. Pedro I, instigado e favorável à ânsia de libertação dos brasileiros de Portugal, veio o “Grito de Independência”. Foi, realmente , um golpe de Estado, no dia 07 de setembro de 1822. Outro golpe, a ” Proclamação da República” foi um golpe planejado pelos escravagistas, que se mostraram irritados com a publicação da Lei Àurea, pondo fim ao sistema da escravatura dos negros africanos “vigorante no Brasil, aliás, último país a por fim a essa engrenagem de mão de obra, barata, para a produção agrícola brasileira e, extentida a outros setores da vida privada da época. Para a consumação dessa mudança de regime, na última hora, os políticos se valeram de um amigo de D. Pedro II, que se encontrava doente. Essa figura, Marechal Deodoro da Fonseca, ao longo de sua vida pública, era um monarquista. Em verdade, a luta para a derrubada da monarquia, vinha de longa data. Mas, existia uma mágoa desses políticos em relação à realeza, de tal forma, com a queda, a família real foi “hospedada” em uma zenzala localizada no sub-solo de um casarão. Golpe baixo: logo após a instalação do regime republicano, o Brasil dependia, como sempre, de empréstimo exterior. Foi contratado com a Inglaterra. A exigência : uma comissão viria ao país para averiguar as possiblidades econômicas. Armaram, então, uma viagem de trem. Na região mais desenvolvida. Combinou-se com o maquinista que, nas proximidades da zona de pastagem, aumenta-se a velocidade do comboio. Isso feito, deu-se a impressão de um grande região de plantio de milho ou de trigo. Daí, a origem da frase:” isto, é pra inglês ver”. Após, as diversidades administrativas e econômicas e políticas do Brasi, decorrente do novo “status” governamental, o país chegou na “era Vargas”, com golpes e contra-golpes. Nesse período, o golpe de destaque, foi a trama tecida contra os comunistas. A subida de Getúlio Vargas ao poder foi o resutado de um golpe, em que o Governo Estadual de São Paulo não aderiu, resultando no confronto armado entre as forças favoráveis ao Governo Central e as paulistas. Comemora-se, até hoje, 09 de julho. Nesse choque,-(o sr. Golpe esteve presente)- o Governo de Minas Gerais e o do então Mato Grosso, a princípio, apoiaram a posição paulista, recuaram, afinal. Em 1945, com o fim da 2.a Guerra Mundial, programou-se a derrubada de Vargas, também por um “golpe” de amigos e inimigos políticos. Instalou-se a “nova república”. Segunda ou terceira?. Escreveu-se uma nova carta constitucional. Veio o resultou, eleição do Marechal Eurico Dutra, comandante das tropas brasileiras no front da guerra em terras italianas -( “aliás, os políticos gostam de viajar pelo mundo, mas, nenhum teve o atrevimento de visitar o cemitério dos despojos dos pracinhas brasileiros). Muito embora, o “governo Vargas”, ditatorial, teve sucesso na economia. 0 novo Governo democrático, resultado de acordo, entre os partidos políticos – PSD e UDN – base do Governo Dutra, tingido pela enganação da credulidade do povo, -porquanto, o mesmo só tinha efeito nas rodas dos congressistas na antiga Capital, Rio de Janeiro, pois, no interior, a disputa política era na base do “38”. Daí, o resultado foi desastroso para as contas públicas, com enormes gastos das reservas internacionais brasilseiras. Até no momento, o país sofre as consequências dessa irresponsabilidade, com periódicas recessão. Ano 1964. É preciso recordar que, o Brasil, era sacudido por uma onda de atividades políticas que punham em risco – (é verdade) – a estabilidade das conquistas republicanas, após o fim do conflito mudial. 0s partidos políticos, tanto colorido pelo ideal centrista, e direitista, armaram o “golpe” – motor que impele o Brasil – provocando a instalação do regime militar. Houve, como todo governo de força, como Venezuela, Cuba, China, Corea do Norte, perseguição e tortura -(sem a tática venezuelana de expulsar os pobres) – ( é preciso dizer a verdade:” a verdade é amarga e muitas vezes dorida, chocante, mas, é preciso dizer a verdade, “o preço é alto”.) Nesses momentos de crise política, alguns indivíduos ficam agitados e descontrolados, tentando enfrentar uma força maior e, disso, advem o sofrimento. ” É de se espera a tempestade passar, que a mudança virá”. Temos que reconhecer o espírito democrático do Exército Nacional, apesar de tudo.- 0utro conchavo foi promovido – golpe – com a maioria dos políticos que apoiaram o ano de 1.964. Com a notícia de que os militares passariam o governo para o contrôle civil, a movimentação dos políticos era para aceitar a formula, pré-escrita, a ser usada na prevista mudança. 0 movimento mais forte: “As diretas, Já”. Não prosperou. 0utro golpe, no qual o povo ficou na praça e os grupos políticos dividiam o bolo,(o poder) no Palácio. Como sempre acontece, no interior do “golpe”, vem a preocupação a qual grupo recairá a direção da Nação. Por esse ângulo, a eleição para “Presidente” era uma aventura, pois, daqueles políticos, alguns se intitularam de “pai” da mudança” e todos candidatos a presidir o país . E segundo diziam as más línguas, a reunião se deu na cidade de New York, onde se fez a partilha do governo. (se pedirem confirmação, eu nego). Assim, veio o golpe contra “As diretas, Já”. Elegeu-se Tancredo Neves para Presidente e Vice, José Sarney. Doente, Tancredo não tomou posse do mencionado cargo e, por consequinte, nem o vice. 0utro golpe, retiveram o cadáver de Trancredo por mais de 20 dias, para o enterro coexistir com as comemorações da data de 21 de abril. A Constituição diz que a pessoa para exercer um cargo público, só após a assintura do termo de posse. E esse ato não se deu para tal fim. Um golpe inserir o nome de Tancredo Neves e Jóse Sarney como presidentes. Como se vê, o Brasil é um pais compelido por meio de golpes
Dessa forma, o curso que trata unicamente do tema “o golpe do impeachment “, tem motivação apaixonada e política partidária, das Universidades de Brasília e São Paulo. 0 movimento é sustentação política, no ambiente universitário, o que não é surpresa, dada a conotação educacional alí desenvolvida com os ideiais petistas. Então, por que não se comportar com mais decência e repeito à parcela da população, que não é boba e nem cega; por que, partindo do setor da mais alta cultura nacional, não dizer a verdade? Aí está, a sequência de golpes concretizados no estado brasileiro, com intervalos recheados de democracia – , inclusive, com a inclusão de um embuste, após a queda do regime militar. Pode-se enganar, mas toda uma população? Por que não apoiaram as eleições diretas? Deixaram o povo na praça e foram comer o “bolo” no Palácio, que lhes caiu, de graça no colo; golpe.
(Wagner Nasser– 0AB-GO 909 – Cons.o AGI)