O patrimônio cultural goiano é nossa maior riqueza
Diário da Manhã
Publicado em 23 de março de 2017 às 02:34 | Atualizado há 8 anos
Em 2017, o Instituo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional comemora oitenta anos de existência. É uma data a ser celebrada por cada brasileiro. Somos todos, afinal, beneficiários do longo e dedicado trabalho que o IPHAN realiza em nome da cultura e da identidade nacional. Desde 1937, o instituto salvaguarda nossos maiores tesouros e, mais que isso, sinaliza para cada nova geração a importância de unir passado, presente e futuro, e de resgatar o patrimônio que nos transforma em artífices da história humana.
O conceito de Patrimônio Cultural é bastante complexo. Hoje, ele inclui desde localidades históricas e bens materiais até descobertas científicas, fazeres populares e expressões da criatividade coletiva. Tudo que represente a essência constitutiva de um povo, e o legado de conhecimento, arte e beleza deixado ao longo das gerações. É nesse sentido que a preservação dos patrimônios culturais adquire valor estratégico para uma boa gestão. Ela envolve aspectos da educação e da economia, do turismo e da produção, do lazer e do trabalho. Mas, principalmente, o patrimônio cultural de um povo sustenta os laços profundos que nos fazem entender quem somos, de onde viemos e aonde podemos chegar. Nenhum governante poderá um dia ser considerado vitorioso se não souber dar a importância devida à verdadeira alma daqueles que ele representa.
Em Goiás, a alma cultural brilha com mil matizes. Está presente na Festa do Divino de Pirenópolis e de Trindade, nas Cavalhadas realizadas em 11 cidades goianas, nas Congadas, na toada musical dos carros de boi, no vermelho e preto das bonecas Karajá, no ofício dos mestres de Capoeira, na art-déco da nossa capital, nas vielas de Goiás eternizadas nos versos de Cora. É impossível pensar em Goiás sem lembrar desses marcos perenes da nossa identidade.
O Iphan tem sido grande parceiro do Governo de Goiás na promoção, manutenção e celebração dos patrimônios. Juntos, ajudamos a construir a alma cultural goiana; aquela que se sustenta na cultura e no espírito criativo dos homens e mulheres que nasceram e viveram nessa terra. Goiás só é um grande Estado hoje porque sabe preservar sua história e reconhecer a grandiosidade de sua tradição. Cora Coralina já dizia: Alguém deve rever, escrever e assinar os autos do Passado antes que o Tempo passe tudo a raso.
Com parcerias e trabalho em conjunto, o Governo de Goiás e o Iphan têm feito do passado um aliado precioso para o presente e para o futuro. E hoje posso também, como governador, olhar para o conjunto da obra de minhas gestões e me sentir realizado por ter contribuído com o patrimônio eterno de cada cidadão goiano. Quem quiser entrar para a história, precisa primeiro fazer história. E fazer história significa, E fazer história significa, antes de qualquer coisa, amar a História. Parabéns ao Iphan em sua missão de nos fazer apaixonados pela nossa História.
(Marconi Perillo, governador de Goiás)