O valor do tempo é o valor da Vida
Redação DM
Publicado em 11 de novembro de 2015 às 22:25 | Atualizado há 10 anosO mundo de hoje estabelece valor em tudo através do dinheiro. Fomos ensinados desde criança com essa frase, que muitos de nossos pais repetiam inúmeras vezes: “Tempo é dinheiro.” As vezes não entendemos o profundo significado dessa frase, e refletindo sobre o tempo, podemos dar ainda mais um passo e entender que tempo é Vida! O tempo por exemplo dedicado a leitura deste texto não volta mais, mais que seu tempo uma expressão da sua vida uma pequena parte dela esta ficando aqui nesta leitura.
O tempo daquilo que é verdadeiro e edifica agora é taxado como “tempo perdido”. Se o seu tempo não gera dinheiro,valor ou mais Vida para si ou para as pessoas, é desperdício; em uma grande parte do nosso tempo estamos simplesmente nos economizando, dando a vida e as pessoas uma fração pequena do que somos e fazemos passando assim uma existência inteira entregando o nosso mais ou menos.
Um dia descobrimos que tempo perdido não é desperdício de dinheiro e sim de Vida, e que não ter tempo para seguir o ritmo do coração, para acalentar-se nas canções da alma, para reverenciar o passo das estações e sentir saudade das árvores da infância, é tempo de vida perdido e percebemos que é preciso ter tempo para brincar com nossa crianças interior, cuidar das nossas coisas, escrever, namorar, sair com os amigos, viajar, dormir, e principalmente cuidar do corpo.
Tendemos a enxergar o mundo material apenas como o dinheiro mais muitas vezes não é assim, a matéria é tudo aquilo que podemos ver ou tocar, é o que há de concreto diante de nós. E você é uma matéria, seus cabelos, seus pés, tudo que há no seu corpo é matéria. As pessoas da sua família, seus amigos, seus pertences, tudo isso é seu mundo material.
O dinheiro tem valor e é importante em nossa vida sim; hipocrisia ou pura filosofia estéril, pretender que, os confortos materiais, sejam encarados como desnecessários e maléficos, em contraponto a uma vida totalmente espiritual, é claro, seria bem mais sensato, mais humano, se conseguíssemos lembrar de vez em quando que existem coisas que “não têm preço” e que o cartão de crédito não compra. Se fizermos isso estaremos adquirindo o equilíbrio.
E o mais engraçado, é que por incrível que pareça a parte mais melindrosa que temos é a financeira. Quando um casal entra em crise financeira, a maioria conseqüentemente entram em demais crises, como a conjugal e social.
A crise financeira entra e afeta a vida e o cotidiano do casal ao ponto de terminar em divórcio. É muito importante saber como se lida com isso e dependendo da forma que lidar fará toda a diferença, por exemplo, o desequilíbrio comprometerá sua saúde, a auto-estima e suas relações, desencadeando um desequilíbrio em todos os aspectos da sua vida.
Imagine a vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que são lançadas no ar… Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito. O trabalho é a única bola de borracha. Se cair, bate no chão e volta para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficará permanentemente danificadas, a crise material poderá ser restituída. Entendam isso e assim conseguirão o equilíbrio na vida.
Em certo aspecto a crise material pode ser boa, pois nos desperta para a realidade, ela destrói as ilusões. Para muitas pessoas faz bem, faz com que ela acorde para os padrões que tem levado e para a maneira que tem se lidado com o dinheiro e as pessoas. Quando entramos em crise percebemos que sempre corremos o risco de perder o emprego, o marido, a saúde ou os filhos, porque vivemos na ilusão da segurança.
Muitas vezes somos forçados a aprender sozinhos,vida sofre mudanças radicais, e como dizia muitas de nossas mães: “Se não aprende pelo bem, aprende pelo mal”, ah se fôssemos mais espertos teríamos acolhido todas as palavras dela, mas somos em grande parte do tempo cabeça dura, do tipo fazemos as próprias ideologias. E, acredite, por isso que temos que aprender muita coisa pela dor, ou da pior forma.
O que contemos nessa vida é emprestado, chega um dia que vamos morrer e deixar tudo para trás. Temos a tendência em colocar nossas forças em coisas materiais, mas isso acaba. A vida é uma grande incerteza, e a partir do momento que conseguimos aceitar e entender isso passará ter um bom jogo de cintura para todas as adversidades que aparecerem.
Geralmente as pessoas quando têm problemas com dinheiro ficam ansiosas, perdem noites de sono, se desesperam ou, como não encontram solução, simplesmente vão “empurrando com a barriga”. Não é uma situação confortável, portanto é necessária uma grande força de vontade para sair desse estado de desequilíbrio. E essa força está dentro de nós. Então não gaste suas energias de forma errada, ao invés de pensar que horas agir, pense em como agir. E para isso é necessário fazer um diagnóstico.
Como já dizia Carlos Drummond de Andrade: …“Preste atenção nos sinais.” Aprenda a lê-los. Aprendendo a ler esses sinais e você terá um resultado da equação. Um resumo do problema. Por exemplo: Comece a se preocupar em como as pessoas te vêem perante o mundo, pois, isso também faz parte do seu material. Verifique se você está colocando seu material acima do corpo, da sua mente, da sua família, da sua capacidade. Os sinais normalmente estão bem na nossa frente, mas estamos tão envolvidos com o problema que não o notamos e é bem aí e, em geral, que fracassamos, quando paramos de olhar para os fatos que em muitos das vezes são imprevisíveis ou, se previsíveis, de consequências inc alculáveis.
(Matoso Oliveira , coach, escritor, terapeuta, head trainner, facilitador e palestrante. Email [email protected], Josanne Gonzaga, poeta (4 Livros publicados, e participação em 3 Antologias), coach e administradora deempresas E-mail [email protected])