Onde a realidade nos insere?…
Diário da Manhã
Publicado em 7 de junho de 2016 às 02:40 | Atualizado há 9 anos
Quem sabe por que vive? Quem assume o leme de sua própria vida, superando tudo o que, no próprio ser e no ambiente, resiste ao bom cumprimento dos mandados supremos do Criador da vida e dos vivos?
Uma elite de indivíduos que se destaca da massa, claro.
E onde o leitor se insere, na elite ou na massa?…
A resposta, sendo sincera, pode ser dolorosa, não é mesmo? Afinal, ninguém quer ser massa, essa multidão anônima e quase animalizada que massacra a individualidade (na inconsciência de si mesma) e se deixa conduzir pelas ondas do consumismo, dos modismos, das ideologias, do fanatismo, das crenças, das conveniências políticas, do império dos sentidos…
Massa, portanto, ninguém quer ser; nem mesmo as células humanas que a constituem. Mas onde a realidade me insere e lhe insere?… Eis a questão!
Foi um cientista da alma – o humanista González Pecotche – que aguçou meu pensamento para esse angustiante dilema. E foi também ele que me deixou aliviado ao me mostrar que, entre os dois extremos – a massa moldável e o indivíduo consciente – há toda uma escala hierárquica a estimular nosso processo de evolução.
Se estou escrevendo este artigo e se você é o seleto leitor deste e de muitos outros artigos e estudos dessa natureza, nos meios impressos e no livro da vida, este é um inequívoco sinal de que já nos emergimos da massa anônima. Mas, reconheço – não posso falar pelo leitor –, estou ainda meio longe de chegar lá.
Esse ‘ainda’ é o que me anima; pois significa ‘é uma questão de tempo’. E como tenho pressa, não vou só. Busco a companhia mental dos que já trilharam pelos caminhos desse enigma existencial e tiveram a autêntica caridade de deixar setas. Nas muitas buscas e descobertas dessas setas encontrei vários estudiosos de hierarquia superior e suas obras. Aprendi com todos e a todos eles agradeço. Um deles, o já citado González Pecotche, fundador da Logosofia, me cativou por um detalhe: advertiu-me para não acreditar nele, nem em ninguém; pois a legítima alternativa é questionar frente às dúvidas, vivenciar os ensinamentos, comprovar, praticar, aprender… E transformar tudo em conhecimentos próprios – recurso imprescindível para o caminhar dentro de si mesmo.
De mãos dadas é mais fácil, compartilhando o que aprendemos e ouvindo as experiências de outros seres que trilham esse caminho; como as que quatro estudiosos da alma vão nos brindar às 20h desta quarta-feira, 8 de junho, na Fundação Logosófica de Goiânia – Setor Aeroporto (Rua 17-A, 959), com o painel De frente para o futuro.
O tema, por si só, já é um vigoroso estímulo que nos induz a refletir sobre o que estamos fazendo com esse indimensionável espaço de vida que cada um ocupa.
(Manoel Juraci de Souza Mota, jornalista)