Os agentes invisíveis da corrupção
Diário da Manhã
Publicado em 4 de julho de 2017 às 04:17 | Atualizado há 8 anos
Por que os corruptos e corrompidos são levados para a cadeia e não os agentes corruptores?
O pensador e humanista González Pecotche, profundo conhecedor da configuração biopsicoespiritual do ser humano, escreveu sobre conhecimentos que são de fundamental importância para o homem.
Revelou, pela primeira vez, que os pensamentos são entidades psicológicas animadas, com vida própria que, uma vez criadas ou albergadas na mente do ser, o levam a atuar de forma dependente ou independente de sua inteligência e vontade. Ensina ainda que os pensamentos podem ser próprios ou alheios; intermitentes ou dominantes; positivos ou negativos.
Pecotche ilustra sobre a importância do conhecimento da função de pensar e dos pensamentos para a vida do ser, com a seguinte imagem: “A vida é um espelho onde reflete o que o ser pensa e faz, ou o que os pensamentos próprios ou alheios o levam a fazer”.
É provável que o leitor, apoiado nos elementos apresentados, deu a seguinte resposta à pergunta inicial: os corruptos e os corrompidos são levados para a cadeia porque deixaram os agentes corruptores atuarem livremente em suas mentes, levando-os ao exercício da corrupção!
É lamentável dizer, mesmo em se tratando de uma verdade: Quem não conhece e nem tem domínio sobre os pensamentos, para identificar e neutralizar a ação das deficiências e propensões enquistadas em sua mente, corre o risco de se tornar um corrupto ou corrompido!
Pecotche chama de deficiência o pensamento negativo que, enquistado na mente, exerce forte pressão sobre a vontade do indivíduo, induzindo-o de modo contínuo a satisfazer seu insaciável apetite psíquico. É tipicamente dominante e obsessivo.
Já a propensão é um pensamento da mesma índole, só que promove um relaxamento circunstancial do juízo, ao qual incita a pronunciar-se com ligeireza, sem o devido resguardo por parte da razão, da observação, do pensar e do sentir da pessoa.
Assinala que a deficiência, além de cumprir uma função totalmente prejudicial, tem tanta influência na vida do indivíduo que o leva a ser apelidado com o nome do pensamento-deficiência que o caracteriza, daí ser chamado, por exemplo, de: vaidoso, rancoroso, egoísta, teimoso, etc. e etc.
Se o leitor se interessar em aprofundar no assunto poderá baixar gratuitamente, no site www.logosofia.org.br, o livro de González Pecotche que tem como título Deficiências e Propensões do Ser Humano.
A leitura atenta do mesmo permitirá ao leitor traçar, sem muito equívoco, o perfil psicológico dos corruptos e corrompidos de que se tem conhecimento.
(Adi Rodrigues da Silva, cultor de Logosofia)