Opinião

Os espíritos comemoram aniversário?

Diário da Manhã

Publicado em 12 de julho de 2016 às 02:38 | Atualizado há 9 anos

Não se trata de uma pergunta que implique uma resposta doutrinária. É apenas um fato surpreendente que esconde um sentido enigmático. Se é certo que os espíritos nos visitam cada vez que os invocamos, certamente também se manifestam quando os celebramos na data de seu aniversário natalício. Sim, porque o corpo é que nasce e morre, o espírito não morre. Por isso têm guardado no perispírito o dia de sua encarnação como marca de seu calendário existencial. Vejamos o seguinte fato em três pequenos episódios.

 

Primeiro episódio

Visita inusitada de um velho amigo de liceu, que assina entre outras obras, a autoria de uma recente publicação intitulada “Uma oração para cada dia – 365 momentos a sós com Deus”, selo da Editora do Conhecimento (Limeira- SP, 2016), com a seguinte dedicatória:

“Caríssimo amigo, Emílio Vieira: Este livro é meu testamento  espiritual. Desejo compartilhá-lo com você. Saudações crísticas. Nelci. Em 05-07-16.”

O ilustre escritor e filósofo espiritualista Nelci Silvério de Oliveira dispensa comentário. Autor de múltiplas obras que abrangem conhecimentos interdisciplinares, como filosofia e direito, moral e ética, religião e evangelismo. Como palestrante, ministra cursos sobre temas universais que versam sobre as mais diversas correntes de pensamento. Foi um privilégio receber esse seu presente espiritual para poder participar de seus 365 momentos a sós com Deus, na forma de uma oração para cada dia. A quem interessar possa, contatos no site (www.edconhecimento.com.br).

 

Segundo episódio

Durante todo aquele abençoado dia 5 de julho do ano da graça de 2016, continuei a ter surpresas, recebendo mensagens cifradas ou telefonemas de amigos e familiares que pareciam colocar-me ao centro de um evento significativo que não havia sido anunciado a ninguém. Os cumprimentos calorosos e as manifestações de afetos me faziam crer que na verdade existe um dia da convergência cósmica em que somos escolhidos para receber uma chuva de bênçãos.

Eu bem sabia no fundo da consciência que havia um motivo especial para aquelas manifestações. Mas não dissera nada a ninguém, nem ninguém mencionou nas interlocuções, qual seria o fato gerador daqueles acontecimentos inusitados.

 

Terceiro episódio

Aconteceu já ao final do dia com a visita de minha neta. Criança índigo dotada de intuição e que sempre chega como mensageira do além trazendo as revelações de fenômenos visíveis e invisíveis. Eu estava lendo e revendo páginas de um livro que atraiu sua curiosidade. Ela percebeu pelas imagens que se tratava de um dossiê histórico sobre minha mãe. Convidou-me a tirar umas fotos com ela diante do seu retrato estampado no corredor ao lado.

Depois, sentou-se ao meu lado e escreveu espontaneamente, segundo seu grau de alfabetização, as seguintes palavras (como que em resposta à dedicatória do testamento espiritual mencionado no início) :

“Feliz aniversário Mãezinha. Meu vô e eu te amamos. (…). Meu vô te (a)dora muito. Meu vô tá mandan(d)o beijo, eu também e Manrivane, toda fami(li)a. Beijo, dorme com Deus.”

É ou não é uma revelação? Foi assim que comemoramos o aniversário de Mãezinha, que se estivesse ainda neste plano terreno, teria completado 103 anos de idade.

 

(Emílio Vieira, professor universitário, advogado e escritor, membro da Academia Goiana de Letras, da União Brasileira de Escritores de Goiás e da Associação Goiana de Imprensa. E-mail: [email protected])

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