Os pais devem dar condições aos filhos: educação, cultura, esporte e lazer
Diário da Manhã
Publicado em 3 de agosto de 2018 às 22:30 | Atualizado há 7 anos
As crianças e adolescentes são frutos de um histórico social e familiar. É de enorme importância a interação entre família / escola / esporte. A família é uma instituição de suma importância para o desenvolvimento e formação do sujeito, conforme descrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB (Lei 9.394/96) afirma:
“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (LDB/1996. art. 2º). No momento em que a criança inicia uma atividade física, juntamente com os benefícios físicos, ela obtém também benefícios sociais e psicológicos. Antes de qualquer expectativa quanto ao desempenho da criança, é fundamental o respeito à fase de desenvolvimento motor que ela se encontra, assim como sua maturação cognitiva e emocional.
O esporte deve ser um prazer, uma brincadeira. Deve ser o momento de encontrar os amigos e se divertir e, junto com isso, aprender um esporte e desenvolver habilidades físicas. Até os seis anos a criança imita superficialmente as regras, mas comumente só existem vencedores e nenhum perdedor. Até os 11 anos, cria-se o gosto pela vitória sobre o oponente, respeitando rigorosamente a regra, sendo ainda muito importante o prazer pela atividade.
Dos 11 anos em diante as regras são bem entendidas e seguidas, não tirando a possibilidade de elaborar novas regras próprias. Ainda que até os sete anos as atividades motoras são fontes de prazer e experiências de conhecimento de suas capacidades e limitações. A performance com significado social só ocorre a partir deste período e persiste até os 10 anos, persistindo porém a dificuldade de compreensão das relações causais de desempenho, sendo assim, atribuir relações causais incorretas às derrotas (dificuldade do jogo, falta de habilidade, falta de esforço, etc.) pode causar frustração e consequente falta de motivação.
Assim, até aproximadamente os 12 anos, o esporte deve manter o foco na brincadeira, no lúdico, e a partir daí ser exigido mais atenção às regras e execução dos movimentos corretos. Em relação à competição, é importante partir da própria criança a vontade de fazer parte dela ou não. Quando a competição é mais um momento de encontrar os amigos, torcer por eles e passar um dia divertido, do que vencer ou perder, as chances dela participar e sair satisfeita são maiores.
(André Júnior, membro UBE – União Brasileira de Escritores)