Parabéns ao Movimento Salve Jóquei!
Diário da Manhã
Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 22:23 | Atualizado há 7 anosTendo sido atleta do basquete no Jóquei Clube de Goiás, estou, como todos os joqueanos em Goiânia, impressionado com a possível destruição deste nosso importante patrimônio. E indignado, pois o clube é parte da história da nossa cidade.
O Jóquei Clube de Goiás, situado na região central de nossa capital, pode voltar a ser um importante equipamento urbano para socialização, se o poder público quiser, é claro.
Após inúmeras gestões que fracassaram na missão de recuperar a frequência de joqueanos no clube, sua situação de dívidas e deterioração exige que sejam feitas parcerias e a requalificação de seu uso. O que não quer dizer que seja necessária a venda do mesmo.
Como profissional da Educação Física, não poderia deixar de me manifestar diante de nossa sociedade, atualmente voltada para o mundo virtual.
Diversas notícias têm sido veiculadas, sobre o poder do sol no metabolismo humano, como fonte de vitamina “D”. Sabemos que a saúde e o lazer são imprescindíveis à qualidade de vida e que o sedentarismo, ou hipocinesia, tem causado doenças osteomusculares, além de transtornos neurológicos e psíquicos até, como depressão e ansiedade.
Do mesmo modo, as relações sociais vêm se deteriorando.
Então, como não esperar que o Jóquei seja salvo do poder econômico, para que joqueanos e a cidade possam desfrutar de seus espaços para a prática de esportes, a convivência, o lazer?
Estou no Movimento Salve Jóquei e embora não possa me dedicar muito, parabenizo o pessoal pela luta séria, comprometida não somente com os próprios interesses, mas com a coletividade, com a história da cidade, com a vida, em sua essência.
Espero que o Movimento, junto ao poder público de Goiânia, encontre as medidas necessárias para a readequação e revalorização do Jóquei Clube de Goiânia, um patrimônio projetado por Paulo Mendes da Rocha, arquiteto modernista, consagrado e reconhecido internacionalmente com prêmios importantes, como o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza em 2016 e o Prêmio Pritzker, há dez anos.
É no mínimo um contra senso, a destruição deste patrimônio oferecido à Goiânia, pelo seu fundador, Pedro Ludovico. Um desrespeito à memória dele, de nosso povo e de nossa história.
Salve Jóquei!
(Julio César de Oliveira, formado em Marketing e Educação Física)