Parabéns, mulheres! Parabéns, mulheres affegueanas!

Sou orgulhosamente pai de quatro mulheres. Vejo nelas a síntese da sensibilidade, da beleza e, sobretudo, da força deste sexo que só os incautos ousam chamar de frágil. Além delas, tenho também em minha esposa, na figura de minha mãe e irmãs, e nas netas que agora vejo crescer, exemplos da grandeza que foi relegada apenas ao feminino, uma fortitude que muitos homens nem chegam a conhecer.
Mas todo homem, com certeza, lembra-se de pelo menos uma grande mulher que passou por sua vida. É fácil reconhecê-las: possuem a sabedoria que muitas vezes nos falta, a paciência e o amor que confortam, a resiliência de superar todas as adversidades, e a grandeza de permanecerem firmes, como pilares para quem delas dependem.
Muito tenho aprendido com as mulheres de minha vida, não só as de minha família, mas também as colegas de trabalho, as amigas de carreira, as guerreiras que conheci profissionalmente e que endossam minha percepção do sagrado feminino.
Quero aqui hoje homenageá-las, estas que conheci em meus mais de 40 anos de atuação no Fisco goiano e que contribuíram imensamente ao nosso Estado nas duas posições que ocuparam: seja na fiscalização, enfrentando lado a lado com os colegas homens os desafios de fazer crescer a arrecadação; ou dentro do lar, dando suporte aos maridos que saíam muitas vezes para trabalhar em lugares distantes, deixando a cargo delas a organização e a manutenção familiar.
Conheço histórias de muitas destas mulheres. Quantas não ficaram viúvas ainda cedo, quantas não perderam os esposos para o trabalho e tiveram que criar sozinhas os filhos pequenos. Quantas não embrenharam-se no interior de Goiás para atuar em postos fiscais e nas antigas agenfas, em lugares de terra batida e bem longe da cidade mais próxima, encarando todas as adversidades justamente para garantir também um futuro melhor aos filhos que estavam em casa.
Nunca foram desistentes. O trabalho era feito com zelo, com responsabilidade em cada detalhe, seja na fiscalização, ou no cuidado familiar. Quão grato sou a minha própria esposa, Maria da Glória, por ter sempre encontrado um lar acolhedor quando eu voltava de várias viagens de trabalho para casa!
Sei que muitos colegas compartilham de meu carinho por nossas amigas do Fisco, nossas esposas, filhas, mães, irmãs, sem as quais a vida teria sido com certeza mais sofrida, sem as quais muito sequer teríamos alcançado.
Em nome da categoria fiscal, parabenizo todas estas mulheres, em especial as queridas affegueanas pelo exemplo de força, ânimo e dignidade que sempre nos inspirou a continuar. Sem vocês, talvez não tivéssemos conseguido tanto!
Parabéns, mulheres!

(Joaquim Dilton de Moura Ornelas, presidente da Affego – Associação dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás)