Opinião

Parcerias pelo bem comum

Diário da Manhã

Publicado em 4 de fevereiro de 2017 às 00:39 | Atualizado há 8 anos

O primeiro mês de 2017 já ficou para trás e enquanto há quem veja neste ano um prolongamento de 2016, pela extensão de uma das mais duras crises já enfrentadas no Brasil, notamos também iniciativas para superar entraves e criar perspectivas. Nos municípios goianos, empossados os prefeitos e prefeitas, a expectativa é por decisões que proporcionem maior qualidade de vida aos cidadãos.

Não são poucos os desafios, mas percebemos em Goiás que os que iniciam nova gestão demonstram empenho em corresponder ao voto de confiança recebido. Um termômetro dessa disposição foi o Encontro de Primeiras-damas e Prefeitas, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, dia 26 de janeiro, do qual participaram representantes de 183 dos 246 municípios goianos, entre prefeitas, primeiras-damas e secretárias de ação social. Foi um momento enriquecedor, com palestras sobre gestão, motivação e criatividade. Também foi oportunidade de apresentar os programas e ações da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), passo importante para ampliar o alcance das realizações na área social em nosso Estado, unindo esforços.

Em momentos difíceis, mais do que nunca, as parcerias são fundamentais e a OVG está de braços abertos para acolher, orientar e incentivar o desenvolvimento de ações sociais nos próprios municípios, o que fará toda diferença na vida de muitas pessoas que tanto necessitam de amparo e estímulo. É nos municípios que as pessoas vivem, portanto, os responsáveis pela administração municipal  estão mais próximos, o que facilita detectar as principais demandas e buscar formas de garantir o atendimento delas. Nessa tarefa de levar mais serviços aos goianos, a OVG e o governo estadual são parceiros.

Entre os diversos programas e projetos da Organização das Voluntárias de Goiás, muitos podem ser realizados juntamente com as prefeituras. Como exemplo, temos o estímulo à criação de centros de voluntariado, de atendimento a idosos e a gestantes, envolvendo a própria comunidade nessa rede de atitudes e resultados positivos. No caso das cidades com mais de 30 mil habitantes, é possível implantar unidades do Restaurante Cidadão.

Prestes a completar 70 anos, a OVG, que nasceu por iniciativa de um grupo de mulheres, consolida-se com programas como o Bolsa Universitária, que já alcança a marca de 170 mil alunos beneficiados; o já citado  Restaurante Cidadão, onde são servidas diariamente quase 13 mil refeições saudáveis e saborosas pelo valor simbólico de 2 reais cada; os centros de convivência de idosos, que oferecem serviços de saúde e atividades ocupacionais e de lazer; o Projeto Meninas de Luz, voltado para gestantes com idades entre 12 e 21 anos, atendidas por equipe multidisciplinar, com apoio inclusive a seus familiares. Temos também a Casa do Interior de Goiás para acolher o cidadão de baixa renda que vem a Goiânia fazer tratamento de saúde, onde mais de 4 mil pessoas são recebidas por ano.

Tantas ações têm sido possíveis graças ao compromisso do Governo de Goiás e ao envolvimento de parceiros, pessoas e empresas que exercem responsabilidade social. São milhares os que colaboram e recebem capacitação no Centro Goiano de Voluntários. Do mesmo modo, cresce o número de entidades sociais cadastradas e pessoas necessitadas que recebem benefícios via programas do Governo do Estado.

Desde novembro do ano passado, o governador Marconi tem se reunido com os prefeitos eleitos e reeleitos e também vereadores para ouvir as demandas municipais e avaliar possíveis convênios entre Governo Estadual e Municípios. É mais uma forma de estreitar laços para uma boa gestão.

Durante nosso encontro, além de ficar evidente a importância de dialogar e compartilhar, chamamos a atenção para o fato de que nós, mulheres, temos uma sensibilidade aflorada, que chamam de intuição ou sexto sentido, e que favorece a compreensão, acentua a empatia e a capacidade de manifestar afeto. Tais atributos merecem ser valorizados nas atividades profissionais, especialmente nas ações de proteção social. Outro aspecto relevante destacado foi que, para inovar, é preciso aprender a ouvir mais o coração. Ao contrário de intimidar, os obstáculos podem fortalecer a determinação e inspirar estratégias criativas.

Felizmente, ao mesmo tempo em que há pessoas querendo erguer muros e decretar separação, muitas vozes defendem em coro as conexões, as pontes, como caminho rumo a maior equidade e justiça social.

Entre elas, a da ex-primeira-dama Michelle Obama, que ao se despedir da Casa Branca lembrou que “a diversidade não é uma ameaça, é o que somos”. A mão estendida é benéfica ao que dela depende, mas sabemos que a boa ação tem efeitos de paz e prosperidade para todos, em especial para quem a pratica. Ainda de Michelle, uma citação que nos anima a prosseguir: “Acreditem no poder da esperança. Isso é o que nos ajudou a superar todas as palavras de divisão, raiva e medo que enfrentamos em nossas próprias vidas”. Ensinamento válido para o dia a dia e para levar adiante o trabalho com a coletividade, em cada município, somando sempre.

 

(Valéria Perillo é presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e Primeira-dama do Estado)

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