Opinião

Pedal rosa – os lobos contra o câncer de mama

Redação DM

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 00:41 | Atualizado há 10 anos

O clube de ciclismo Alcateia Bike Clube realizou no domingo último um grande passeio ciclístico pelas ruas de Anápolis. Este teve por objetivo levar a comunidade a se conscientizar quanto a prevenção e tratamento do câncer de mama.  Concentrados no lindo Parque Ipiranga, um grande número de ciclista uniu os pedais em prol deste tão importante tema. Durante esta concentração alguns brindes foram sorteados, palavras de incentivo e apoio foram ditas, um lindo testemunho de cura foi compartilhado pela Lucilaine, uma das participantes que venceu o câncer e em meio ao tratamento descobriu que estava grávida e contrariando os prognósticos, teve um lindo bebê chamado Isac, saudável e hoje já rapazinho esteve pedalando também. O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhão de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção de câncer de mama em homens e mulheres é de 1:100 – ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico para o câncer de mama leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo histológico, avaliação imunoistoquímica e seu estadio (extensão): um câncer de mama não invasivo, também chamado de câncer in situ, é aquele que está contido em algum ponto da mama, sem se espalhar para outros órgãos – a membrana que reveste o tumor não se rompe, e as células cancerosas ficam concentradas dentro daquele nódulo. Já o câncer de mama invasivo acontece quando essa membrana se rompe e as células cancerosas invadem outros pontos do organismo. Todo câncer de mama in situ tem potencial para se transformar em um câncer de mama invasor. O tipo histológico é como se fosse o nome e o sobrenome do câncer de mama. Os tipos histológicos de câncer de mama se dividem em vários subtipos, de acordo com fatores como a presença ou ausência de receptores hormonais e extensão do tumor. Os tipos mais básicos de câncer de mama são: Carcinoma ducta in situ, Carcinoma ductal invasivo, Carcinoma lobular in situ, Carcinoma lobular invasivo, Carcinoma inflamatório, Doença de Paget. Fatores de risco: histórico familiar, idade, menstruação precoce, menopausa tardia, reposição hormonal, colesterol alto, obesidade, ausência de gravidez, lesões de risco, tumor de mama anterior. Mais sobre o assunto, bem como tratamento e direito da mulher relativo ao tema, no site http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-mama (fonte desta pesquisa). Parabéns ao Márcio Pereira, Vanessa Pergurie e Andréia Vargas, líderes e que tão bem conduziram este passeio. Parabéns pela iniciativa. Parabéns aos participantes neste belo ato de solidariedade e amor para com o próximo. É preciso que mais ações como esta aconteçam. Cruzar os braços e reclamar do poder público não vai mudar absolutamente nada. Seguimentos organizados da sociedade têm um papel fundamental em ações deste tipo. É a sociedade pela sociedade. Acima de governo e políticos profissionais estão os seres humanos que dependem uns dos outros e com isso não se pode deixar a incompetência do poder público ditar as regras enquanto passivamente a sociedade aceita não se manifestando com atitudes que podem e fazem a diferença. A partir de ações como esta também levar a sociedade a cobrar dos governantes com mais contundência, políticas publicas voltadas para a pesquisa e desenvolvimento de tratamentos para melhor atender quem por este triste momento passa. A vocês, mulheres, que estão enfrentando esta luta, força, fé, coragem. Vocês são símbolos de determinação, já venceram muitas barreiras para estabelecer e construir novas histórias. Não se curvem diante das dores e sofrimentos, tenham como âncora as palavras do apóstolo Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece.” Acima de todo e qualquer diagnóstico e prognóstico há um Deus que tudo pode, creia e siga em frente. Lembre-se da Lucilaine. Não se esqueça, se toque, você é especial.

 

(Flávio Martins Cardoso, pastor da 1ª Igreja Batista Independente em Anápolis – GO, formado pelo Seminário Teológico Batista Independente em Goiás. Stbieg, discente: Sociologia e História – Unip, capelão pela Aliança dos Capelães do Brasil – [email protected])

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