Prefeitura de Goiânia: inexperiência será um dos desafios da gestão municipal
Redação DM
Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 01:25 | Atualizado há 8 anos
O cenário político brasileiro segue de mal a pior, não necessariamente nessa ordem. Em boa parte dos municípios, a situação está agitada, principalmente, quando se trata das posses dos vereadores, secretários e prefeitos. Em alguns deles, além da demora, os eleitos que estavam presos, foram liberados apenas e, exclusivamente, para tomar posse.
Em Osasco, o prefeito eleito, Rogério Lins (PTN), tomou posse, após deixar a prisão de Tremembé, no interior de São Paulo, concedida pela justiça. Diante do alvará de soltura, Lins foi liberado para participar da cerimônia de posse na Câmara Municipal de Osasco.
O político, no entanto, terá que pagar uma fiança de R$ 300 mil até a segunda-feira (2), ou então poderá ser preso novamente. O prefeito eleito estava preso, acusado de improbidade administrativa. Ele foi alvo de um mandado de prisão preventiva na Operação Caça Fantasmas, que apura um suposto esquema milionário de fraudes na contratação sem concurso público de centenas de servidores, mantendo funcionários fantasmas nos gabinetes.
No município de Caratinga (MG), o vereador Ronilson Marcílio Alves (PTB), algemado e com o uniforme do sistema prisional, tomou posse para novo mandato, após ter sido reeleito em outubro de 2016, com 854 votos. No fim de novembro, Ronilson foi alvo de investigação policial, quando a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dele e apreendeu documentos, pen drive e aparelhos celulares. Ele chegou a ser levado a depor, mas foi libertado em seguida.
Durante sessão solene em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, cinco vereadores reeleitos e que estão presos desde dezembro de 2016, tomaram posse. Por questão de segurança, apenas 100 pessoas puderam acompanhar a sessão no plenário. Policiais federais e guardas municipais fizeram a segurança no interior do prédio do Legislativo. Manifestantes se dividiram entre os que declararam apoio aos vereadores e aos que definiram o momento como “vergonhoso”.
Em Goiânia, o atual prefeito demorou quase um mês para escolher os novos secretários, os quais não contam com experiências no cargo a ser ocupado. Outros, foram escolhidos por amizade e/ou partido político como a filha de Ronaldo Caiado, advogada Ana Vitória que, para a infelicidade dos eleitores, comandará a Procuradoria-Geral do Município.
Ana Vitória disse recentemente em sua página no facebook que aprendeu tudo com seu pai, o qual nada fez por Goiânia, apenas se enriquecendo com o dinheiro público. Em outro momento, a cantora que todos admiravam e que, assim como outras personalidades, utilizaram da sua influência pública para se eleger, tornando se vereadora. Entretanto, a tal ex-vereadora Célia Valadão, do PMDB, também foi contemplada com a graça de gerir um departamento importante, a Secretaria da Mulher.
Para quem não se lembra, a cantora, em sessão na Câmara Municipal de Goiânia, na gestão de Paulo Garcia, votou a favor do aumento do IPTU, deixando toda a população indignada. Conforme economistas, o IPTU deste ano, tem índices acima da inflação para uma parcela dos contribuintes que têm imóvel com o valor venal acima de R$ 200 mil reais. A fórmula de cálculo leva em consideração o valor imposto em 2015. Ou seja, aumento que varia de 6,99% a 21,99%.
Além dela, outro que também não possui nenhuma experiência em gestão administrativa é o novo diretor de Engenharia de Trânsito e Mobilidade de Goiânia, Carlos Roberto Soares da Silva, mais conhecido como Carlos Sulim.
Ele que não é engenheiro, deverá coordenador a atera técnica de um dos mais importantes órgãos da prefeitura de Goiânia. Fora isso, outro detalhe que não foi mencionado é de que o novo diretor não possui nem mesmo o ensino superior em qualquer outro curso: traduzindo ele tem apenas o ensino fundamental.
Diante desse relatório a população brasileira está desgostosa com a política, vivendo como diz a letra da música do cantor Zeca Pagodinho : deixando a vida nos levar. A população definitivamente está cansada das promessas dos políticos, pois as atitudes que vêm sendo divulgadas pela imprensa em coletiva, não condiz com a realidade. Muitos estão a beira de um barranco, esperando apenas um empurrão para se jogar, pois todas as reivindicações acertadas entre instituições vem sendo desrespeitadas e não cumpridas. Precisamos de mais: cumplicidade e comprometimento da parte deles. Porém, quem sabe um dia teremos condições de abrir a boca e dizer que somos brasileiros e que de fato acreditamos nos nossos governantes.
(Acaray M. Silva, jornalista, pós-graduado em comunicação e marketing digital, cerimonialista, administrador – e-mail: [email protected] – [email protected])