Promessas de fim de ano
Diário da Manhã
Publicado em 2 de janeiro de 2016 às 23:34 | Atualizado há 9 anos
Quem nunca planejou uma dieta ou um curso de inglês para o ano que se inicia e desistiu antes mesmo de começar? O ser humano é assim: faz planos mirabolantes, projeta sonhos e todo ano se frustra por não conseguir realizar metade do que foi planejado.
É frustrante quando fazemos mil planos, mas esquecemos que as coisas nem sempre acontecem do jeito que sonhamos. Em primeiro lugar, devemos sempre lembrar que não estamos sozinhos, há um sem-número de pessoas a nossa volta que dependem de nós ou que dependemos delas para que as coisas de fato aconteçam.
Assim, o homem é um ser sociável e precisa reconhecer que é limitado e não consegue, por causa de suas limitações, alcançar todos os seus planos e desejos. Por isso precisamos incluir outras pessoas nos nossos planos e quase sempre não fazemos isso.
Compartilhe com seu próximo, os seus sonhos. Peça conselho e ajuda se achar necessários, confesse a sua limitação, una suas forças, equilibre seus pensamentos em comunhão com o outro.
Em segundo lugar, planos só funcionam bem quando o exemplo faz parte de nossas atitudes. Não adianta nada exigir dos outros o que não fazemos. Isso quer dizer que para alcançar uma meta, as nossas ações devem ser compatíveis com aquilo que planejamos alcançar, sobretudo, mostrar que o primeiro passo é nosso e que o segundo passo também. Não espere dos outros o que você pode fazer. Se você faz primeiro, a tendência do outro é te acompanhar pelo exemplo. “a palavra convence, mas o exemplo, arrasta” (Confúcio).
Em terceiro lugar não se exija demais. Metas só são atingidas quando bem planejadas e executadas, por isso, pense em duas ou no máximo três metas para o ano. O risco de frustração não alcançando nossas metas é muito grande e provavelmente, no primeiro fracasso, vamos desistir das demais.
Talvez, para o ano que se inicia, o melhor é fazer uma revisão daquilo que se planejou e se necessário retomar metas antigas ao invés de projetar metas novas. Assim, vive a humanidade, nunca perdendo as esperanças e de começos e recomeços. ]
(Cleiber Fernandes dos Santos, professor universitário)