Opinião

Promessas populistas? Temos, mas e a Reforma Tributária?

Redação DM

Publicado em 30 de setembro de 2022 às 13:47 | Atualizado há 3 anos

Às vésperas das eleições, o brasileiro não se preocupou em questionar os presidenciáveis sobre a necessidade de uma Reforma Tributária. Afinal, o prato predileto da nação se tornou “promessas populistas à brasileira”. Àqueles que criticam a necessidade de uma arrecadação tributária, digo os sonegadores de plantão, a mensagem não pode ser outra: é preciso discutir sobre a função social dos tributos. Não há saúde, educação, infraestrutura e segurança pública sem impostos. Financiar e fortalecer a proteção social deveria ser um dos principais propósitos do ser humano e do sistema tributário brasileiro também, o que não acontece, já que este é altamente regressivo. E falando de Brasil, o problema desse país é que tudo sempre acaba no futuro do pretérito do indicativo.

Acostumamos-nos com a ideia de que tudo deve ser resolvido no futuro. É uma história de que “deveria”, mas não há esse que honre com suas promessas eleitoreiras.  A contradição desse tempo verbal não persegue somente políticos, nós, os cidadãos, também sofremos do mesmo karma: há mais de 30 anos conjugamos a Reforma Tributária no futuro do pretérito do indicativo. Isso porque se houvesse pressão social o cenário seria bem diferente. Nós, eleitores brasileiros, também “deveríamos” ter mais consciência política. Sim, nem o nosso exercício de cidadania escapou do futuro do pretérito.   

Equidade, progressividade e capacidade contributiva deveriam ser as principais palavras proferidas pelos presidenciáveis. Ao contrário do que se espera, as eleições de 2022 nos trouxe um “belo prato de polarização”, do qual o tempero principal é o ódio disfarçado de “nós respeitamos a democracia”. Ao saborear este prato, vale a reflexão: o seu candidato possui propostas que estão em consonância com os interesses sociais? A pergunta é retórica, não precisa responder. Reflita em silêncio e lembre-se de que o voto é secreto.  

A propósito, o que você sabe sobre tributos no Brasil? Há sinais de que eles têm sido injustos e ineficientes, principalmente com o seu bolso. Vale levar a reflexão além: os pobres pagam mais impostos que os ricos. Depois dessa afirmação, você se declara individualista ou deseja lutar pela coletividade? Não responda aqui, mas, sim, nas urnas. 

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