Opinião

Protestos sim, prejuízos não

Diário da Manhã

Publicado em 2 de novembro de 2016 às 23:19 | Atualizado há 9 anos

A invasão de escolas públicas tornou-se uma ferramenta de guerrilha para alguns grupos de oposição ao governo, onde o armamento, conhecido como “buchas de canhão”, são alguns jovens manipuláveis, carentes ou irresponsáveis.

A liberdade de expressão é válida, assim como os protestos pacíficos e o defender de idéias ou ideais, por mais estúpidos que sejam, e devem ter seu lugar ao sol – ao sol, bem entendido – nas ruas, nas praças ou em locais próprios para tais eventos.

Invadir prédios, sejam públicos ou privados, é crime, não é manifestação, uma vez que impor compulsoriamente a centenas ou milhares de estudantes uma sentença de prejuízo escolar não coaduna com nenhum argumento pró-democracia.

Frise-se: não há liberdade quando alguns, julgando-se guerreiros, exigem alguma coisa sem consultar os principais interessados em sua maioria, principalmente se esses “protestantes” não possuem, sequer, condição legal para dirigir um veículo automotor.

Em todas as matérias sobre o assunto, o que salta aos olhos é a enorme ignorância dos participantes quanto ao conteúdo do protesto – apenas repetem mecânica e cegamente os argumentos falhos de uma oposição política destilada, muitas vezes, por professores ou outros adultos que lhes tem acesso. Isso também é lamentável.

Quando pressionados a explicar o motivo das invasões saem-se com os famosos bordões: “fascistas e golpistas não passarão”, “não ao golpe” e outras bobagens sem sentido.

Onde estarão os pais desses jovens ?

O Estado,  receoso da opinião pública, não reage com a força que lhe foi confiada pela população justamente para impedir esses desajustes.

Os mentores das ocupações torcem ansiosamente para que uma tragédia aconteça e isso lhes garanta votos no futuro.

Os tolos que se submetem a essa fraude não se atentam que se estivessem   acampados nas calçadas ou caminhando nas ruas ou praças e não atrasando o sistema educacional que já é por demais prejudicial aos próprios, teriam melhor receptividade por parte imensa da população, independente do mérito da questão.

É uma batalha inglória desejar que impúberes tenham noção do ridículo, entretanto, o Estado não pode se omitir e  nada fazer alegando respeito aos ditames da liberdade democrática, pois, democracia exige regras de comportamento que não prejudiquem a coletividade.

Democracia também é cuidar rigorosamente da ordem pública, evitando que os agressores tragam danos a inocentes que assistem, impotentes, o desfile de barbaridades apoiado por forças asquerosas que pensam unicamente no poder que isso, um dia, poderá lhes trazer, pouco se importando se esses jovens, de certa forma também vítimas desse processo, não consigam se estabilizar social e financeiramente na vida em seus futuros.

 

(Olisomar Pires – [email protected])


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