Racismo e seus efeitos
Diário da Manhã
Publicado em 10 de novembro de 2015 às 01:05 | Atualizado há 9 anosApesar de todas as campanhas, de todas as orientações e de todos os apelos à conscientização feitos por diferentes instituições, o crime de racismo e injúria racial continuam e não dão?sinais de que estão em vias de extinção no Brasil, lamentavelmente. Vimos recentemente episódios envolvendo a jornalista Maria Júlia Coutinho, da atriz Taís Araújo, do jogador de futebol Michel Bastos e da bela modelo Tainara de Jesus, que venceu um concurso de Miss em Jataí nos mostram que o problema persiste e está longe de ser resolvido.
O racismo é uma prática hedionda, que visa destruir a autoestima das pessoas, e que deve ser extirpada da sociedade. Se a própria Constituição Federal garante que todos os brasileiros são iguais e veta a discriminação por sexo, raça ou religião é preciso fazer cumprir a lei. Ninguém pode concordar que isso continue a ocorrer, sejam nas ruas, redes sociais, em locais públicos, com grande circulação de pessoas ou em estádios. O Brasil onde a miscigenação racial e ainda mais forte, diversas etnias se instalaram aqui. Portanto, parece um contrassenso que o racismo continue a se perpetuar.
Práticas como essa, ainda arraigada no comportamento dos brasileiros, só acabam a partir de duas iniciativas: punição e educação. No caso do racismo no esporte, torcedores e times devem ser responsabilizados. É a única solução possível em curto prazo. Outra questão é a educação. Crianças e jovens não podem continuar a ser ensinados a segregar pessoas pela cor de sua pele. Está na hora de a sociedade evoluir. É preciso que as penas daqueles que forem condenados sejam cumpridas à risca e que as vítimas sejam estimuladas a denunciar qualquer injúria que sofram, para que nenhum caso de racismo saia incólume?
(Fernando Henrique Freire Machado, assessor da Presidência da Metrobus, pós-graduado em Gestão de Pessoas e secretário geral do PHS-GO)