Refazer os encantos do pulsar da vida!
Redação DM
Publicado em 21 de março de 2016 às 23:33 | Atualizado há 9 anos
No clamor da terra nua, expande a febre do vento seco, e ficamos com pena dos encantos da vida, que um dia teve nesse belo rio, e hoje, só restam os detritos e os vestígios de animais com suas ossadas, emperradas na lama ou na poeira!…
Observamos a essência da natureza, sufocada, depredada e triste, ante o crepúsculo do sol ardente, e no limiar das estrelas tão distantes…
Vemos os escritos, esquecidos na poeira dos vitrais, com frases nostálgicas, dos tempos abundantes; mas desperdiçados pela ganância dos poderosos; que poderia ter salvo, muitos famintos e sedentos, e nos ajudar nas nossas dificuldades de agora! Que triste ironia!…
Os raros passarinhos, que cantam no balanço da árvore, com entusiasmo, inauguram o novo ciclo, dos “Herdeiros do Novo Mundo”!… Quanto trabalho a fazer, para corrigir a depredação feita por conta da ganância desmedida dos maus!
A verdadeira evidência convincente, dessa jornada de incessante procura, que abordava, não só um mero acaso ou coincidências; mas ainda restam vidas, que cativamos em abençoadas oportunidades, para compartilhar com muitas experiências profícuas… Mas também, observar por alguns momentos enigmáticos, dos seus incríveis dons e inegáveis talentos, que colaborou com muitos necessitados, no correr desta vida!…
Ficamos num longo e imóvel silêncio, que caía como um manto sobre nossos arredores, como se fosse um refúgio, nas horas de sofreguidão, com um profundo suspiro de alívio, quando chegavam vocês!…
No despertar da nossa consciência, também acorda a mente, que acende as ideias e rogamos amparo!
Pedimos aos céus com redobrada esperança para que chova, nesta terra ressequida, para molhar as sementes, florir os campos e as roças, para colher novamente o sustento das nossas crianças…
Que não aconteça as ausências de pessoas amigas. Que a tristeza nos abandone sem vendavais. Que os reencontros com pessoas felizes realizem-se com brevidade!
Que o amanhecer seja de sorrisos espontâneos, e ao encontrar com olhares perdidos, deem-lhes novas esperanças, sem despedidas!
Que o pó que viaja pela estrada velha e a nuvem que anda no céu sejam sem redemoinho, trovões ou raios que assustam!
Que a pluma do nosso pensamento navegue com a certeza de encontrar a criatura do sorriso e dos olhares que cativam…
Deslizam-se os olhares, que se despertam com saudades, que ficaram nas dobras do tempo. E neste entardecer, com músicas que faz suspirar com os encantos da vida, e volta a florir no além da imaginação!…
(Lucas Pimentel, advogado, kardecista – Email: [email protected])