Respeito às putas, aos palhaços, às namoradeiras, às vacas, às gatas, aos cachorros, veados, cadelas

A mim, Kátia Abreu não representou, quando jogou vinho na face de José Serra. Nem nunca.

O que deveríamos jogar nela quando ela nos ofende querendo que a presidenta Dilma Rousseff defenda agrotóxicos porque é bom para pobre comer mais, já que barateia o custo dos alimentos?

A ministra  foi machista. Qual o problema de ser namoradeira? De ser puta? Não merecem respeito? Ela deveria respeitar as opções/condições pessoais de todas as pessoas, ainda mais na véspera do Dia Internacional dos Direitos Humanos.  A fala dela só reforça o machismo e os olhares e atitudes sexistas e discriminatórias, que privam as mulheres de prazeres somente aos homens, consentidos.

O que fazer no modelo de reação da ministra, diante do crédito federal proposto por ela, através de emenda e decreto, quando parlamentar, à quem não respeita o Plano de Manejo Florestal Sustentável e os limites de desmatamento na Amazônia?

O que então, pelo modelo de reação dela, os índios devem lhe jogar, quando ela dificulta a demarcação de novas terras indígenas?

A sra. Kátia Abreu foi “infeliz, desrespeitosa, arrogante e machista” além de deselegante. É este tipo de egocentrismo que tem causado à presidenta o tipo de situação em que ela se encontra. Está cheia de representantes de si, tão somente, no governo. Que usam o ideário da esquerda apenas para se promover, fazendo proselitismo.

E quanto aos laços  com o trabalho escravo,  o que fazermos, se copiarmos o “senso de justiça” dela? Barraquismos estéreis e feios?

Se as pessoas respeitassem como pedem respeito, palhaços, putas, namoradeiras, cachorros etc. seriam respeitados.

A senhora ministra quer respeito mas não se importou em desrespeitar sequer, a ceia de natal para a qual fora convidada, pelo senador seu correligionário.

A ministra devia ter indagado o que o senador quis dizer; registrasse testemunhas, enquadrasse-o no outro dia, juridicamente! Deveria ter tido atitude mais sóbria; é ministra e o governo da presidenta Dilma não precisa de mais sensacionalistas.

(Alexandra Machado Costa, assistente social, poetisa, servidora pública concursada e dirigente sindical)