Opinião

Saúde pública vs. assistência médica

Redação DM

Publicado em 4 de agosto de 2018 às 22:28 | Atualizado há 7 anos

Em re­cen­te en­tre­vis­ta pe­lo rá­dio, mé­di­co in­ves­ti­do de au­to­ri­da­de na ges­tão da sa­ú­de pú­bli­ca cha­mou aten­ção pe­lo fa­to de ter de­di­ca­do boa par­te de su­as re­fle­xões à aná­li­se de de­sem­pe­nho do Ser­vi­ço Úni­co de Sa­ú­de (SUS), à for­ma­ção de pro­fis­si­o­nais re­la­ci­o­na­dos e aos sa­lá­ri­os avil­tan­tes que re­ce­bem, as­pec­tos, sem dú­vi­da, im­por­tan­tes, em­bo­ra, em ne­nhum mo­men­to, se te­nha re­fe­ri­do à las­ti­má­vel si­tu­a­ção do sa­ne­a­men­to bá­si­co no Pa­ís, um dos sub­stra­tos da hi­gi­dez de um po­vo, pou­co fo­ca­do pe­los nos­sos po­lí­ti­cos em vir­tu­de do pe­que­no ape­lo elei­to­ral, mas que, se mais con­tem­pla­do por in­ves­ti­men­tos, pos­si­bi­li­ta­ria uma cor­res­pon­den­te dis­tri­bui­ção de re­cur­sos mais se­le­ti­va  e mais ra­ci­o­nal. Em que pe­se a iden­ti­fi­ca­ção do ques­ti­o­na­do com o te­ma, não se­rá ele mais um que, não por ig­no­rân­cia mas por in­te­res­se pró­prio ou cor­po­ra­ti­vis­mo, pri­o­ri­za a as­sis­tên­cia mé­di­ca em de­tri­men­to do uni­ver­so mais am­plo da sa­ú­de pú­bli­ca?

(Pau­lo Ro­ber­to Go­taç, via e-mail)


Compra de escravos

 

Em uma res­pos­ta du­ran­te a en­tre­vis­ta que con­ce­deu ao pro­gra­ma “Ro­da Vi­va”, da TV Cul­tu­ra, o pre­sin­den­ci­á­vel do PSL, Ja­ir Bol­so­na­ro, ne­gou que o Bra­sil te­nha uma dí­vi­da his­tó­ri­ca com a po­pu­la­ção ne­gra por cau­sa da es­cra­vi­dão. Ele afir­mou que “o por­tu­guês nem pi­sa­va na Áfri­ca e eram os pró­prios ne­gros que ven­di­am os es­cra­vos”. Afi­nal, que cul­pa tem o Bra­sil se o nos­so pa­ís ain­da era go­ver­na­do por Por­tu­gal e as de­ci­sões eram de­les? Por­que, tam­bém, os so­ci­a­lis­tas que tan­to cri­ti­cam: FHC do (PSDB), Lu­la e Dil­ma do (PT), 20 anos no go­ver­no na­da fi­ze­ram e ago­ra de­ma­go­gi­ca­men­te faz es­sa co­bran­ça?

(Be­no­ne A. de Pai­va, via e-mail)


Desemprego cai para 12,4%

Co­mo in­for­ma o IB­GE, o ín­di­ce de de­sem­pre­go, caiu ape­nas de 13,1%, pa­ra 12,4% no tri­mes­tre de abril a ju­nho des­te ano. Es­ta que­da de 0,7%, sig­ni­fi­ca que, 657 mil pes­so­as con­se­gui­ram em­pre­go! Des­tes 267 mil acei­ta­ram tra­ba­lhar sem car­tei­ra as­si­na­da! Con­tin­gen­te es­te to­tal, de 11 mi­lhões de pes­so­as no em­pre­go in­for­mal em to­do o Pa­ís! Po­rém, e in­fe­liz­men­te, 13 mi­lhões de bra­si­lei­ros, ain­da con­ti­nuam fo­ra do mer­ca­do de tra­ba­lho…

(Pau­lo Pa­nos­si­an, via e-mail)


Caiado e o Entorno do DF

 

O pré-can­di­da­to ao go­ver­no do Es­ta­do de Go­i­ás, se­na­dor Ro­nal­do Cai­a­do, vi­si­tou no do­min­go, 29 de ju­lho, o En­tor­no do Dis­tri­to Fe­de­ral. Viu de per­to o so­fri­men­to da­que­la po­pu­la­ção. Fi­cou abis­ma­do com o que viu. Mais de 1 mi­lhão de ha­bi­tan­tes jo­ga­dos às tra­ças. Sem sa­ne­a­men­to bá­si­co, sem sa­ú­de, sem edu­ca­ção, sem  se­gu­ran­ça pú­bli­ca, tran­spor­te pú­bli­co pre­cá­rio e sem mei­os de ga­nhar o pão de ca­da dia, por fal­ta de em­pre­go. Cai­a­do pro­me­teu dar dig­ni­da­de aos nos­sos ir­mãos es­que­ci­dos pe­lo po­der pú­bli­co. O pré-can­di­da­to fa­lou que es­tá con­ven­ci­do da ne­ces­si­da­de de se ins­ta­la­rem pó­los co­mer­ci­ais e in­dus­tri­ais na re­gi­ão. Te­nho ami­gos que re­si­dem no en­tor­no e que es­tão es­pe­ran­ço­sos de que te­rão di­as me­lho­res com Ro­nal­do Cai­a­do go­ver­nan­do Go­i­ás. Acre­di­tam que se­rá o fim dos es­que­le­tos de obras pú­bli­cas, que en­tram há mais de trin­ta anos nos dis­cur­sos de po­lí­ti­cos go­i­a­nos, o fa­mo­so “con­clu­i­re­mos”, co­mo é o ca­so de hos­pi­tais e es­co­las. Cai­a­do, a es­pe­ran­ça de in­clu­são so­ci­al do En­tor­no  do DF. Go­ver­nan­do bem, Cai­a­do es­ta­rá aju­dan­do tam­bém o Dis­tri­to Fe­de­ral.

(Je­o­vah Ba­tis­ta, via e-mail)


Racionamento ou irracionamento (neologismo)

 

Ve­jo to­dos os di­as na im­pren­sa, fa­la­rem so­bre o ra­ci­o­na­men­to de água e de­pre­da­ção do meio am­bi­en­te. O po­bre e o con­su­mi­dor de bai­xa ren­da não são os cul­pa­dos, mas sem­pre são pe­na­li­za­dos e pa­gam as con­tas. Quem de­pre­da o meio am­bi­en­te, aca­ba com as nas­cen­tes, po­lu­em cór­re­gos e rios, na­da acon­te­ce a eles. No mí­ni­mo sa­em na mí­dia, sen­do ad­ver­ti­do por um se­cre­tá­rio de meio am­bi­en­te. Te­nho 59 anos de ida­de, vou no Rio Ara­gu­aia des­de os 6 anos de ida­de. Na mi­nha épo­ca de cri­an­ça, be­bí­a­mos água do pró­prio rio. Ho­je, tan­to o Rio Ara­gu­aia, quan­to os seus prin­ci­pa­is aflu­en­tes, Água Lim­pa, Ba­bi­lô­nia, Cai­a­pó, Rio Cla­ro, Cris­ta­li­no, Cri­xá-Açú, Cri­xá-Mi­rim, Ja­va­és, Rio das Mor­tes, Pei­xe I, Pei­xe II, Pin­ta­do, Ma­tri­xã, Rio Ver­me­lho, etc. Es­tão se­cos e po­luí­dos. Exis­tem gran­des  em­pre­sá­rios do Agro­ne­gó­cio, que de­pre­dam o meio am­bi­en­te de to­da ma­nei­ra, e re­ce­bem ape­nas no­ti­fi­ca­ções ou mul­tas que ja­mais se­rão pa­gas. Pe­los da­nos que cau­sa­ram e con­ti­nuam cau­san­do, de­ve­ri­am ser pre­sos e su­as ter­ras con­fis­ca­das pa­ra a re­for­ma agrá­ria. Pa­ra os po­bres o ra­ci­o­na­men­to. Pa­ra os ri­cos e os ór­gã­os que pro­te­gem o meio am­bi­en­te, o ir­ra­ci­o­na­men­to.

(Ge­ral­do Ri­bei­ro, via e-mail)

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