Ser diferente é não saber lidar com as diferenças!
Redação DM
Publicado em 16 de outubro de 2015 às 23:18 | Atualizado há 10 anosDiferente para muitas pessoas significa dizer que algo não é comum na sociedade. Citemos como exemplo, a tonalidade de cor para os cabelos: quando saímos às ruas é natural observarmos cabelos louros,ruivos e castanhos, porém se alguém utilizar-se da cor verde para colorir os mesmos a tendência da maioria dos cidadãos é olhar com estranheza ou manifestar um sorriso recheado de deboche, de espanto.
Quem disse que o certo são cabelos nas cores acima mencionadas? Se alguém tem os cabelos brancos,a pele extremamente clara em decorrência do albinismo ou até manchas esbranquiçadas na pele em decorrência do vitiligo, se outros tem sardas na pele,outros tem alguma necessidade especial, não significa que tais pessoas são anormais, incomuns no sentido de serem estranhos! Ser diferente em todos os seus sentidos e de forma positiva, claro, é ter larga compreensão de que vivemos em uma sociedade miscigenada, em que pessoas ruivas ou louras não são pecadoras porque namoram alguém que em relação a elas seja mais alta ou mais baixa, é não ter preconceito no que concerne a magreza ou obesidade de outrem. Ser diferente significa não ser indiferente com os outros,é olhar para uma criança com Síndrome de Down e enxergar nela grandes capacidades, mas que precisam as vezes de um tempo um pouco maior para serem desenvolvidas,essas crianças são iluminadas e tem mais a ensinar que aprender, são muito carinhosas. O mesmo deve ser falado em relação a tantas outras pessoas que existem por esse mundo afora,como as que não tem as mãos e realizam pinturas extraordinárias utilizando os dedos dos pés, tão fragilizados por realizarem um duplo papel: o das mãos e os dos próprios pés! Quanta pureza no olhar de uma criança que procura um jornal televisivo para pedir material escolar para quem possa ajudá-la. A pobreza e a riqueza não nos torna diferentes uns dos outros. Somos todos filhos de um mesmo Pai!
O mais favorecido,o menos favorecido financeiramente, o mais alto, os olhos claros ou escuros, a pele clara,a marcada, enfim, cada qual tem os seus objetivos, suas dificuldades, seus momentos de alegria e também de tristeza.
Fazer diferença é olhar com igualdade para todos à nossa volta, aprendermos uns com os outros e da mesma forma ensinarmos uns aos outros. Ninguém nasceu sabendo andar ou alimentar-se sozinho, foi preciso aprender, inclusive para ensinar os próprios filhos. Por que não ser diferente repudiando a indiferença, afinal somos todos de carne e osso, razão e emoção e obras de um mesmo Criador!
(Kelly Lisita Peres, graduada em Direito, pós-graduada em Direito Civil, Penal, Processo Penal e docência Universitária, docente do curso de Direito – http:blog-da-prof-kelly-Lisita-Peres.webnode.com)