Opinião

Servidores públicos estaduais anseiam por dias melhores

Diário da Manhã

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 21:49 | Atualizado há 9 anos

Corria o ano de 2008 ou 2009 não me recordo muito bem, quando o então senador Marconi Perillo, que enfrentava oposição municipal, estadual e federal era já pretenso candidato ao governo em 2010 e desde 2011 então o primeiro mandatário do Estado até agora,  foi que escrevi e foi publicado um artigo aqui mesmo nesse espaço, de cujo titulo me recordo: Marconi Perillo um divisor de águas na história do funcionalismo publico estadual, fazendo, como sempre fiz claramente, a defesa do seu até então firme posicionamento em prol dos servidores estaduais.

Que bem patenteado fique que não o fiz, exclusivamente, por uma então convicção pessoal, jamais como bajulação ou querendo disso tirar proveito, tanto que sempre tive vontade de ser delegado regional de fiscalização de Goiás e nunca busquei qualquer atalho de políticos para alcança-la, pois esperava que a minha íntegra trajetória e de dedicação me credenciasse a tanto o que infelizmente não se deu, porém jamais eu iria me conspurcar ou implorar que houvesse alguma interferência externa à categoria para atingir esse meu objetivo, ao qual não mais aspiro, pois agora já me encontro com pedido de aposentadoria em tramitação.

Assim, como a mesma firmeza de que o elogiei no passado, do que não me arrependo dado a então posição por ele adotada em dois mandatos anteriores, faço considerações quanto aos rumos que se tem dado ou se cogita dar, quanto ao destino dos servidores estaduais: o funcionalismo tem dado provas inequívocas de uma grande maioria a favor dessa administração em várias campanhas politicas, creio não ser um capital eleitoral nada desprezível no nosso estado, pois só essa maior parte que até agora se posiciona ao seu lado significa algumas centenas de milhares de votos, somados os seus próprios e a extensa área de influencia que alcançam, como formadores de opinião que são.

Cabendo aqui ilustrar com um seu correligionário partidário, Aécio Neves, que embora tenha administrado Minas Gerais, quando disputou a presidencia da república perdeu no primeiro turno em seu estado natal e no intervalo para o segundo, teve bombardeada a sua campanha sempre com argumentos de que não tratou bem aos servidores mineiros, o que redundou em nova derrota lá e em todo o território nacional. Eu mesmo como simpatizante daquela pretensão, em muitas oportunidades debati com pessoas que usavam disso para dizer que não votavam nele. Isso mostra que é de bom alvitre, antes de se ciscar por todo o terreiro, primeiro deve se dar atenção ao espaço em que se situa o galinheiro.

Bem sei que a conduta de um chefe do poder executivo estadual jamais deve se pautar por uma visão meramente eleitoreira, porém são milhares de trabalhadores, pais e mães de família, cumpridores fiéis de suas obrigações funcionais e co-participes e também responsáveis pelo bom funcionamento da máquina pública, e que agora se veem bombardeados dia e sim e outro também, com noticias e fatos concretos quanto a arrocho, cortes de direitos conquistados há década(conforme se aventa quanto a quinquênios e outros). E que por serem comprometidos e ciosos das suas responsabilidades, não merecem esse estado de agonia, de tensão e com expectativas só de pioras. É de amargar, como conviver com isso?

Pode ser que o alarmismo e noticias falsas estejam circulando de todo o jeito pelas redes sociais, porém o fato é que os servidores estão como que com uma espada pendente sobre o pescoço, ante tanta pressão, tantos bochichos, além do que realmente já vem acontecendo, como a “sustação do  cheque pre-datado” que fora dado à segurança pública de aumentos no futuro, agora postergados ainda mais, deixando policiais civis e militares desesperados, sem falar que as demais classes de servidores também não estão enxergando luz no final desse escuro túnel.

É sabido que a atual administração, sucessora de si mesma adotou medidas saneadoras no inicio da gestão, como diminuição drástica de secretarias e do total de cargos comissionados, pagamento dos servidores dentro do limite legal do prazo máximo para tanto, numa busca de adequação à situação econômica pela qual passa o país em grande crise, porém o fato de que se o cantor Leonardo, pelo que se divulgou amplamente na imprensa, terá um cachê de próximo a um milhão de reais para um show de final de ano, não é um sinal de que a situação não está assim tão desesperadora?. Parece que sim!!!.

Ainda não tendo desistido, de todo, de seguir em frente torcendo e apoiando a atuação de Marconi Perillo, bem como da Ana Carla frente à Sefaz, espero que as amargas medidas tenham parado até onde foram, e que doravante venham dias melhores, de calmaria, de sossego e tranquilidade para centenas de milhares de pais e mães de famílias que na qualidade de servidores estaduais, estão vivendo sobressaltados apreensivos com que o futuro e o governo, lhes reservam.

 

(José Domingos, jornalista, escritor, auditor fiscal, professor universitário e poeta)


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