Sindicalismo forte e com representatividade
Redação DM
Publicado em 18 de junho de 2016 às 03:46 | Atualizado há 9 anos
A palavra sindicato tem raízes no latim e no grego. No latim, “sindicus” denominava o “procurador escolhido para defender os direitos de uma corporação”; no grego, “syn-dicos” é aquele que defende a justiça.
O Sindicato está sempre associado à noção de defesa com justiça de uma determinada coletividade. É uma associação estável e permanente de trabalhadores que se unem a partir da constatação de problemas e necessidades comuns.
A matriz histórica da organização sindical atual surgiu sintonizada com o desenvolvimento industrial, que tem por base a “Revolução Industrial” na Inglaterra, no final do século XVIII e começo do século XIX. Ali nascia o capitalismo atual, ali nasceu o sindicalismo. Mas se o berço do sindicalismo é industrial, isso não foi limitação a sua expansão para outros setores da economia. Podemos dizer que o sindicalismo é o sistema de organização político-social dos trabalhadores, tanto urbano-industrial como rurais e de serviços.
Em seus mais de 200 anos de história, o sindicalismo foi impactado por diferentes concepções ideológicas e teorias de ação, o que permitiu a construção de uma tipologia bastante ampla, assim como expressões políticas e históricas: anarquista, socialista, reformista, comunista, populista etc. O importante, no entanto, é que, ao longo dos anos, o movimento sindical – conjunto de práticas sociais dos sindicatos com características próprias de cada país – adquiriu um peso social e uma força decisiva nos contextos nacionais.
Como movimento social, o sindicalismo não é estático, está constantemente transformando-se e criando novas formas de organização e ação. Na sociedade atual, dos países em industrialização, a teoria e a ação sindical estão diante de significativos e novos desafios devido à emergência rápida de novos atores sociais, tanto no campo como nas cidades, bem como às transformações da economia e das instituições.
Algumas conclusões observadas apontam para a fundamental presença dos sindicatos com o intuito de garantir aos trabalhadores a conquista e a manutenção de seus direitos, destacando experiências de novas formas de organização. Neste sentido, o que os sindicatos fazem é lidar com a questão da segurança no emprego diante da possibilidade constante do desemprego.
Enfim, conclui-se que a capacidade de reação do movimento sindical diante das mudanças que ocorreram no mundo do trabalho nas últimas três décadas tem se mostrado bastante eficaz onde a ação sindical se voltou para o interior das unidades produtivas, promovendo a emergência de um sindicalismo forte e com uma grande representatividade.
(Eduardo Genner de Sousa Amorim, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás (Seceg) e da Federação dos Trabalhadores no Comércio nos Estados de Goiás e Tocantins (Fetracom/GO/TO) e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC)