Somos escravos ou “sócios propriotários” do governo?
Redação DM
Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 02:34 | Atualizado há 8 anos
Antes, de mais nada, mais uma vez gostaria de mencionar que a escravidão, na verdade, não foi abolida no Brasil que, por sinal, foi o último país do mundo a, entre aspas, lógico, “libertar os escravos”, ou seja, os fazendeiros brasileiros, de café, cacau, cana-de-açúcar provaram serem “cabeças duras” porque demoraram muito tempo – só em 1889, finalzinho do Século IXX, através da tal da “Lei Aurea”, assinada pela princesa Isabel, filha do imperador brasileiro, nascido no. Rio de Janeiro, D. Pedro II, que a imensa, imensa não, imensíssima maioria dos “brasileiros e brasileiras” pensa ter nascido em Portugal – enfim, demoram muito para concluírem que, muito mais lucrativo do que manterem os escravos – e para tanto terem de alimenta-los, vesti-los, abrigá-los e até mesmo chicoteá-los, enforcá-los – seria fazê-los pagarem por “tudo isso”, libertando-os. E ainda tenho que suportar “críticos” reclamando que utilizo muito as aspas!
Quando compramos um veículo, um carro, uma moto, uma lancha, um iate, enfim, não somos, propriamente, proprietários daquele bem. O verdadeiro proprietário é o governo, ou a “fazenda”, como alguns preferem, porque somos “obrigados” a pagarmos, todos os anos, licenciamento, seguro “obrigatório – obrigatório e com um prêmio ridículo! – ipva e, quanto a “nossa” casa – “nossa vida” – além da água, luz, reformas, temos o tal do iptu. Se não estivermos “religiosamente em dia” com as tais “obrigações” ou “prestações”, estaremos, legalmente, data vênia, sujeitos a pagarmos juros e correções monetárias para o tal do sócio majoritário, o governo ou a fazenda, entretanto, se deixarmos de pagar por muito tempo, o bem, ou melhor, o “trem” – por estarmos adoentados, desempregados e muito mais “ados”, o tal do sócio que nunca aparece e nem manda cartão no nosso aniversário, o governo, a “fazenda”, através da “justiça”, toma o tal bem, o tal trem porque, afinal, não nos pertence, apenas os alugamos do governo e, como nunca vi ninguém tomar nada do governo – exceto ilegalmente – conclui que o governo, ou a “fazenda”, é o verdadeiro “dono” do que pensamos ser nosso. Seríamos, assim, digamos, “escravos” ou “sócios-propriotarios” do governo?
“Justiça”, tire logo esse pano, essa venda dos olhos e veja como os teus súditos estão “vendados e vendidos”, entre eles muitos ministros, juízes, promotores, advogados, oficiais de justiça. Jogue essa porcaria de balança velha e enferrujada fora, ou mande ela para um “museu dos horrores” porque ela só pende para um lado. Utilize a tua espada porque o povo é lento, mas, não é bobo. Até.
(Henrique Dias, jornalista)