Teorias econômicas não refletem a prática
Redação DM
Publicado em 3 de julho de 2015 às 02:11 | Atualizado há 10 anosO egoísmo destrói, o altruísmo constrói: a teoria econômica que funciona!
O verdadeiro valor a ser cultivado não é o ouro, mas o amor no coração.
Os fundamentos da economia mundial estão baseados na competição e nenhum sistema fundamentado na competição nunca prosperará.
Os filósofos que foram escolhidos como os porta-vozes catedráticos cujas bibliografias sobre a teoria econômica e a dinâmica de circulação de mercadorias e dinheiro pelo mundo sutilmente implantaram nos seus livros, estudados em todas as universidades de economia do mundo, o conceito de individualismo como critério primário do mecanismo financeiro mundial.
Adam Smith, britânico que sepultou o mercantilismo holandês medieval, é o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Ele afirmou no seu livro Riqueza das Nações que todo tipo de relações comerciais não é concretizada por laços de fraternidade e bondade entre os contratantes, mas antes, cada um ali está em busca de seus próprios interesses, então, segundo Smith, as relações comerciais são relações egoístas e imediatistas.
David Ricardo, outro grande economista britânico trouxe luz sobre a circulação de bens e a principal questão levantada por Ricardo trata da distribuição do produto gerado pelo trabalho na sociedade. Isto é, segundo Ricardo, a aplicação conjunta de trabalho, maquinaria e capital no processo produtivo gera um produto, o qual se divide entre as três classes da sociedade: proprietários de terra (sob a forma de renda da terra), trabalhadores assalariados (sob a forma de salários) e os arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros do capital). O papel da ciência econômica seria, então, o de determinar as leis naturais que orientam essa distribuição, como modo de análise das perspectivas atuais da situação
O judeu Karl Marx trouxe à tona de forma latente a luta de classes antagonizando os contratados como (proletariado) e os contratantes como (burguesia) e colocando politicamente o proletariado contra a burguesia, acusando a burguesia de ser exploradora e cruel com o proletariado. Segundo Marx o capitalismo estava condenado a se implodir sob seu próprio peso, na medida em que não apresenta a proposta que traz a igualdade, sendo substituído por um novo sistema político denominado “socialismo”, onde os proletários são os governantes e o socialismo perduraria um tempo até surgir um bloco de nações (e talvez até o mundo inteiro) unidos num ideal sem pátria, sem nação, chamado comunismo. Marx é referência mundial no quesito economia, sociologia e ciências políticas.
O britânico John Maynard Keynes defendeu uma política económica de Estado intervencionista, através da qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos – recessão, depressão e booms, propondo mecanismos financeiros de amortização de impactos, tanto positivos quanto negativos. O modelo de Keynes é atualmente a linha mestre das políticas econômicas de David Cameron (Império Britânico) e Barack Obama (Estados Unidos).
O também britânico John Locke enfatizou o empirismo econômico como a resposta do enigma das transações financeiras, sendo um ferrenho defensor do contrato social.
Thomas Malthus, mais um britânico, alegou que a taxa de reprodução populacional e sua distribuição demográfica geram uma neutralização na linha de crescimento financeiro, já que todo o progresso é absorvido pelo aumento populacional.
O suíço Jean-Jacques Rousseau alegou que as instituições educativas corrompem o homem e tiram-lhe a liberdade. Para a criação de um novo homem e de uma nova sociedade, seria preciso educar a criança de acordo com a natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a razão com vistas à liberdade e à capacidade de julgar. Na ótica dele a movimentação financeira estava a serviço do homem e não o homem a serviço dos sistemas econômicos.
O britânico John Stuart Mill escreveu em seu compêndio Princípios de Economia Política (1848): “O trabalho no mundo físico é, portanto, sempre e somente empregado para colocar os objetos em movimento; as propriedades da matéria, as leis da Natureza, fazem o restante.”
O britânico David Hume abriu caminho à aplicação do método experimental aos fenômenos mentais e, como ferrenho defensor do ceticismo pragmático abordou o utilitarismo nas relações comerciais como a base de uma economia saudável.
O americano Milton Friedman resumiu a circulação monetária mundial em termos de funções de consumo e as leis de oferta e procura.
O francês Voltaire trouxe a abordagem cínica, ácida, austera e prática de seu estilo de vida para a administração pública, na medida em que influenciou diretamente as constituições nacionais de dezenas de países com seus ideais libertários.
O britânico Alfred Marshall foi um dos mais influentes economistas de seu tempo. Seu livro, Princípios de Economia procurou reunir num todo coerente as teorias da oferta e da demanda, da utilidade marginal e dos custos de produção.
Um fato gritante na economia mundial é que o pensamento filosófico britânico impera em todas as abordagens das ciências econômicas mundiais, mas devemos nos lembrar que os métodos britânicos são questionáveis (aumentando abusivamente impostos nas colônias, o que causou a revolução americana, escravizando metade do continente africano com a desculpa esfarrapada de “levar o progresso aos selvagens”, eclipsando a milenar cultura aborígene australiana, destruindo as culturas polinésias, subjugando o milenar território indiano, criando a guerra do ópio para infiltrar agentes britânicos dentro do Império Chinês para introduzir drogas na população chinesa e viciar o povo chinês com ópio do Afeganistão a fim de obrigar o Imperador Chinês a ceder à sede doentia de lucro britânica mediante uma chantagem bem articulada tendo o povo chinês como reféns dos britânicos e sem contar o saque da British Petroleum e das outras empresa petrolíferas britânicas ao petróleo do Oriente Médio). Portanto, o padrão britânico de movimentação financeira é oportunista e questionável, visando o imediatismo egoísta sempre.
O ponto de vista egoísta humano entra em nítido contraste com as leis de Deus, que exige que o amor seja o ingrediente principal nas relações financeiras.
Deuteronômio 24:19-21 diz: “Quando você fizer a colheita do seu campo e tiver esquecido um feixe no campo, não volte para apanhá-lo. Deixe-o para o residente estrangeiro, o órfão e a viúva, para que Jeová, seu Deus, abençoe você em tudo que você fizer.
Quando você bater os galhos da sua oliveira, não repita o processo. O que restar deve ficar para o residente estrangeiro, o órfão e a viúva.
Quando você colher as uvas do seu vinhedo, não deve voltar para colher as sobras. Elas devem ser deixadas para o residente estrangeiro, o órfão e a viúva.”
Esse princípio já é seguido há 3.500 anos: o princípio do amor nas relações comerciais!
Os judeus que aceitaram a Jesus Cristo como seu Messias prometido, em Jerusalém, no primeiro século, praticavam o amor nas relações comerciais, conforme registrado em Atos 4:32, que diz: “Além disso, a multidão dos que creram era de um só coração e uma só alma, e nenhum deles dizia que as coisas que possuía eram suas, mas compartilhavam tudo que tinham.”
O dinheiro não tem coração, mas quem o possui deve ter coração ao fazer negócios, levando em conta o próximo também!
(André Luís Neto da Silva Menezes, pseudônimo: Tiranossaurus Rex – publicitário, inventor, filósofo, músico, integrante da Royal Society Group e vice-presidente da Associação Canedense de Imprensa – [email protected])