Opinião

Um gângster no Senado

Diário da Manhã

Publicado em 25 de maio de 2017 às 01:26 | Atualizado há 8 anos

Estarrecida parte da sociedade brasileira e afrontada com a revelação indelével de que o seu grande sonho de consumo de poder é um gangster da pior espécie.

Finalmente, a cortina protetora composta de Ministro do Supremo Tribunal Federal, força tarefa da Lava-Jato e midiático e descortinado Aécio Neves, é apresentado à nação sem maquiagem ou peça de marketing. Está literalmente nu.

Moralista sem moral, quadrilheiro, corrupto e hipócrita, Aécio é a síntese da velha política coronelista que enxerga as instituições públicas como instrumento de se autocomplementar.

Chulo no mais fiel vernáculo marginal, o presidente nacional do PSDB debocha do povo brasileiro, decreta que a ação que questiona a eleição de Dilma Rousseff foi feita de sacanagem. Pura pirraça de menino mimado de Ipanema.

Semeador do ódio e de intrigas conduziu sua alcatéia para desestabilizar o Brasil, e com êxito, se fez parte do governo para melhor achacar empresários para a manutenção de sua vida de playboy.

Entretanto, há muitas lacunas que devem ser respondidas ao se clarear as ações marginais do gangster senador. Incomodam, mas, urgentemente necessários, alguns questionamentos.

Por que a força tarefa dos bastiões da moralidade, os detergentes históricos da república de Curitiba, não sabia de tais ações criminosas do Presidente do PSDB?

Os promotores, assim como o juiz Sergio Moro, devem explicações à sociedade brasileira.  Afinal, a operação que despiu Aécio Neves de seu pedestal de hipocrisia, não foi efetivada pelos “imparciais” do estado do Paraná.

Outro fato é a relação, no mínimo promíscua, do Ministro do Supremo Tribunal Federal. O senhor Gilmar Mandes, censurável, ilegal e indistinta essa afinidade entre um juiz e um Senador. Gilmar deve explicar o porquê arquivou processos contra o Senador, e porque se comporta como agente político dos tucanos, ajudando inclusive com votações no Congresso Nacional.

Imperioso do mesmo modo é o monopólio da mídia, em peculiar a organização dos Marinhos, que deve se explicar por tamanha blindagem nos últimos anos ao meliante transvertido de Senador.

A Globo tem suas digitais indeléveis nas ações delituosas de Aécio Neves.

O que espanta diante de tamanha delinqüência é o Senador ainda não ter sido preso, pois Aécio representa um risco à sociedade brasileira, onde manda matar, segundo suas próprias palavras, e pode continuar a cometer crimes.

O lugar mais adequado para o Senador é na cadeia, mas pode contar com a solidariedade de seus, em especial do prefeito de São Paulo, João Doria, que levará chocolates nas visitas, afinal de contas são companheiros.

 

(Henrique Matthiesen, bacharel em Direito e jornalista)


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