Uma análise psicológica sobre crianças “TDA”, “TDAH” e crianças índigos – parte II
Redação
Publicado em 14 de abril de 2015 às 02:12 | Atualizado há 10 anosA maioria dos pais entra em pânico quando algum professor chama na escola para dizer que suspeita que seu filho tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiper Atividade (TDAH) ou Transtorno do Déficit de Atenção (TDA). Aí a escola orienta o pai a procurar um especialista (médico, psicólogo, psicoterapeuta), a criança faz vários exames e em vários casos é receitado até ansiolítico pra ela tomar, tão cedo.
Ouvi inclusive uma entrevista dia desses, na BandNews FM, sobre o aumento gigantesco de diagnósticos de TDA e TDAH, nos últimos anos, com prescrição de remédios fortíssimos pra acalmar e tranquilizar essas crianças. Meu Deus! Fiquei muito preocupado com essa postura; muitas vezes precipitada por parte dos profissionais pouco esclarecidos a respeito dos comportamentos de tais crianças.
“Elas apresentam características que podem ser mal interpretadas pelos médicos e psicólogos, sendo muitas vezes rotuladas e medicadas erroneamente, classificadas com diagnósticos psiquiátricos “.
Essas crianças fariam parte de fenômenos evolutivos da espécie humana; chamados violetas, índigo e cristal, ou seja, elas teriam energias de luz, paz e amor das novas gerações para ajudar na transformação nessa nova era da terra: Era de Aquário.
Escrevemos no DM em 18/09/2009 um tema de interesse geral sobre “Diagnóstico e Prognóstico”, onde salientamos que, um bom prognóstico (tratamento) somente será eficaz se tivermos um bom diagnóstico, ou seja, não se pode tratar algo que não sabemos exatamente o que é.
Lembro-me que na faculdade de Psicologia, ouvi algo de um professor que jamais esqueci: “não precipite em fornecer um diagnóstico e ‘rotular’ seu paciente, aguarde, pois, ele mesmo lhe dirá com detalhes o seu verdadeiro diagnóstico e assim você terá como ajuda-lo de maneira mais correta e menos dolorida para ele”.
Tem sido cada vez mais comum as crianças serem diagnosticadas como crianças TDA ou TDAH e sendo medicas ‘erroneamente’ com a droga da obediência: Ritalina, embora elas não apresentam nenhuma patologia orgânica, são crianças que, a priori, causa algum tipo de aborrecimento que os pais acreditam não saber lidar.
Por terem uma energia muito forte e serem muito agitadas, às vezes se tornam inquietas ou dentro de sala de aula ficam meio dispersas ou desatentas; embora estejam atentos ao que o professor diz.
O que sugerimos é obter mais conhecimento sobre essas crianças por parte daqueles que trabalham com crianças: educadores, psiquiatras, neurologistas, psicólogos e psicoterapeutas – para que possam fazer um diagnóstico diferencial e assim ajudar melhor essas crianças.
As crianças índigos não são hiperativas, elas são apenas superativas pela necessidade de conhecer e quando se concentram em algo que elas querem conhecer elas são vorazes.
As crianças Indigo e Cristal operam primariamente a partir do Cérebro Direito. Isto significa que são criativas, imaginativas e emocionalmente inteligentes. Contudo, a nossa cultura é primariamente orientada pelo cérebro esquerdo, o que significa que é linear, racional e lógica.
As dificuldades surgem quando a criança entra para o sistema escolar e precisa de adaptar-se ao seu modo de funcionamento. Um “cérebro-à-direita” aprende muito depressa e muitas vezes dá pulos intuitivos que demonstram uma inteligência estonteante. Mas o sistema escolar é conduzido por um funcionamento cerebral esquerdo o qual é repetitivo, rotineiro, organizado e linear/cumulativo. Esta abordagem “mais lenta” significa que a criança começa a sentir-se aborrecida muito depressa e perde o interesse.
Por causa da sua inteligência intuitiva, elas também podem muitas vezes ir passando os vários anos do sistema escolar sem que se apercebam que não conseguem ler ou escrever “corretamente”. Isto leva a que muitas vezes a criança seja etiquetada como disléxica, outro estigma.
Isto é muito danificante porque a Criança Indigo tem um sentido forte de ser “perfeita”, e está aqui numa “missão”. Se lhe é dito que é disfuncional ou que “há alguma coisa de errado com ela”, vai ficar traumatizada e, ou procurar a cura, ou disfarçar essa mágoa. Isto pode levar, nos anos da adolescência, ao abuso de drogas ou a distúrbios alimentares, como meios de cura ou de esconder o trauma.
É vital e importante que a Criança Índigo ou Cristal seja reconhecida como diferente, mas não disfuncional. Se a diferença for honrada e manejada, a criança irá crescer de um modo equilibrado, mas se não, irá levar à disfunção e a problemas.
A sua criança é também muito mais sensível do que o que vocês foram ou são. É a audição, a visão, e os sentidos que são muito mais desenvolvidos que os seus. Isto faz parte da mudança evolucionária, à medida que os humanos se tornam mais abertos e sensíveis.
O que isto significa é que a sua criança vai ficar estressada e perturbada por sons altos, por multidões, música aos berros e pela televisão. A sua resposta pode tanto ser fechar-se e deprimir-se, como permitir os estímulos e tornar-se hiperativa e destrutiva.
Sendo assim, a Criança Índigo/Cristal, precisa de um ambiente em casa tranquilo e calmo, com o mínimo de brinquedos, jogos eletrônicos, e engenhocas, e certamente não usar a televisão como babysitter.
O stress ambiental também inclui a relação entre os pais. Se existir abertura ou agressão não expressa, verbal ou não verbal, no lar, a criança irá apanhá-la e desenvolverá mecanismos disfuncionais ou defensivos. Não conseguem esconder nada de uma Criança Índigo/Cristal, ela “lê” o seu campo de energia e percebe exatamente aquilo que pensam e sentem mesmo que permaneça não dito.
O Corpo físico de uma Criança Indigo/Cristal também é muito sensível. Muitas vezes elas não conseguem tolerar comida processada e os seus aditivos. E também reagem mal ao açúcar e a cafeína..
Isto significa que os doces, as bebidas artificialmente coloridas tortas, hamburguers, e chocolates, irão criar um comportamento hiperativo e disfuncional na criança. Dar um chocolate, ou uma Coca-Cola, a uma Criança Índigo/Cristal é, literalmente, o equivalente a dar-lhe uma droga. O seu sistema vai reagir tornando-se sobreativo – produzindo um maior comportamento hiperativo seguido por uma queda, quando os efeitos esgotarem-se, e a criança for abaixo e sofrer de uma retirada dos sintomas do açúcar e da cafeína.
Finalmente pedimos aos pais que cuidem de suas crianças como crianças; pois percebo muitos pais criando suas crianças como adulto. Não é a quantidade de tempo que passamos com os filhos que irá fazer a diferenças; mas a qualidade do tempo e das conversas que vai auxiliar nossos filhos a buscar o autovalor e autoamor. “Educai as crianças e não será preciso punir os homens”
(José Geraldo Rabelo, psicólogo holístico, psicoterapeuta espiritualista, parapsicólogo, filósofo clínico, artista plástico, especialista em família, depressão, dependência química e alcoolismo, escritor e palestrante. Emails.: [email protected] e [email protected])